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Notícias / Cidades

Sem Terras realizam protesto e marcha de Jangada a Cuiabá

Da Redação/Kelly Martins

Mais de 300 integrantes do Movimento dos Sem Terra de Mato Grosso (MST) começaram hoje a marcha de Jangada, distante cerca de 100 quilômetros de Cuiabá, pela reforma agrária, e com destino a capital mato-grossense.

O protesto integra um calendário denominado "Abril Vermelho" que tem o objetivo de pressionar o governo federal para que a reforma agrária seja feita e a meta de assentar mais de três mil famílias, que estão espalhadas pelo interior do Estado, vivendo debaixo de lonas pretas e em acampamentos à beira de estrada.

A região é a principal rota de escoamento de Mato Grosso e conforme o coordenador estadual do movimento, Antônio Carneiro, a intenção da manifestação é chamar a atenção para a necessidade das obras nos assentamentos. Alguns militantes, mesmo com limitações, insistem em caminhar. Porém, as crianças, os mais velhos e quem tiver problema de saúde vão marchar por um período e parar em outros.

Representando os professores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), o presidente da Adufmat, Carlinhos Eilert, afirma que “a Adufmat apóia toda e qualquer manifestação social, principalmente em relação à luta pela terra e defesa do meio ambiente, como orienta inclusive seu próprio regimento interno. Ela é uma Associação, que diz em seu primeiro artigo: estamos aqui para defender os interesses dos docentes da universidade federal bem como do meio ambiente do Estado de Mato Grosso e da sociedade”.

Eilert entende que “quem trabalha a terra e quem trabalha na cidade devem estar juntos, imbuídos na defesa deste país, que se chama Brasil”.
Para ele, o MST não é uma ameaça. “É uma luta, pelo direito a terra, pelo direito de ter onde plantar para ter o que colher. Então é a luta pela vida”.
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