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A oposição quer votar e acabar com paralisia na Câmara, diz Júlio

De Brasília - Vinícius Tavares

A oposição quer votar projetos, destrancar a pauta na Câmara dos Deputados e contribuir para a geração de emprego e renda no pais. Assim pensa o deputado Júlio Campos (DEM/MT), que vê prejuízos na greve que os deputados da base aliada fazem para pressionar a presidente Dilma Rousseff (PT) a retomar o diálogo com o parlamento.

Segundo ele, a paralisia na Câmara dos Deputados é culpa do governo federal, que cortou o diálogo com a sua base aliada no Congresso e adia o entendimento para a votação de projetos importantes. Em sua avaliação, porém, os parlamentares também têm a sua dose de responsabilidade.

"Perde o Brasil. Importantes projetos ficam parados por causa de demandas individuais. A oposição quer votar. São 413 deputados da base parados contra 100 da oposição que querem votar. A culpa é também da base", adverte Júlio Campos ao perceber que a paralisia na Câmara também afetará os trabahos no Senado que, por enquanto, funciona normalmente.

O governo tenta fazer a "máquina" voltar a funcionar. A ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, informou ontem à noite aos líderes da sua base aliada que vai liberar recursos para emendas individuais deste ano e de orçamentos anteriores (os chamados restos a pagar).
 
A liberação é uma tentativa do governo de evitar o descontentamento crescente da base com o represamento das emendas, que vem afetando as votações no Plenário e na Comissão Mista de Orçamento — que encerrou a segunda semana consecutiva sem obter quórum para deliberação.
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