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Notícias / Educação

Após 6 anos sem greve professores da UFMT decidem hoje paralisação

Da Redação - Lucas Bólico

Os professores da Universidade Federal de Mato Grosso votam logo mais, no início da tarde, se entrarão em greve por tempo indeterminado buscando reajuste salarial. A última vez que a categoria cruzou os braços foi em 2005 e a paralisação durou 150 dias.

De acordo o professor Carlos Alberto Eilert, presidente da Associação dos Docentes da UFMT (ADUFMAT), os docentes tiveram mais de 80% de perdas salariais desde o governo Fernando Henrique Cardoso (1995 -2002). Além do reajuste, os professores pleiteiam incorporação das gratificações ao salário base.

O indicativo de greve já foi aprovado pela categoria no primeiro semestre. Esta já é a quarta assembleia sobre greve somente neste ano. Além da UFMT, professores de outras sete universidades federais votam ainda hoje se paralisam as atividades. A Universidade Federal do Tocantins (UFT) e a Universidade Federal do Paraná (UFPR) já estão em greve.

O menor salário base de professor na UFMT é R$ 557,15, graduado, por 20 horas. A categoria entende que isso é um ataque à atividade braçal e intelectual do docente universitário.

Os professores alegam que, na pirâmide do funcionalismo federal, a carreira docente está na base, entre as mais mal remuneradas, diferentemente do que era há 20 anos. Portanto, foram muitas perdas, em respeito e econômicas também.

A categoria pensa em entrar em greve também contra reformas que signifiquem mais perdas de direitos, para cobrar do governo que reconheça 1º de maio como data base, que pare de falar em congelamento até 2019 e por um plano de carreira condizente com as reivindicações da classe e não imposto pelo governo.

Na UFMT, os técnicos administrativos estão parados. E o Diretório Central dos Estudantes (DCE) já manifestou apoio aos técnicos e aos docentes, caso também decidam pela greve. Com informações da assessoria.
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