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Com infecção controlada e cateter aplicado, Gianecchini começa quimio

G1

David Uip, um dos médicos que está acompanhando Reynaldo Gianecchini na luta contra o câncer linfático, confirmou ao EGO nesta que o ator começa nesta quinta-feira, 18, a quimioterapia, já que não apresenta mais quadro de infecção na garganta.

"A infecção está controlada, e ele está apto para começar a quimioterapia", afirmou. "Agora quem passa a tratá-lo é a dra. Yana Novis, oncologista. Os méritos serão dela", emendou.

Uip confirmou ainda que na noite desta quarta-feira foi realizada uma micro-cirurgia para a aplicação de um catéter sob a pele do ator, sob cuidados do cirurgião Raul Cutait. "Tudo correu bem", resumiu, dizendo que ainda não havia visitado visitado Gianecchinni nesta quinta.

O infectologista, considerado um dos maiores especialistas em HIV do país, contrariou rumores de que o ator pudesse ter contraído outras doenças. "Fizemos todos os exames virais, de bactérias, fungos...e deu tudo negativo", disse.

O hospital Sírio Libanês divulgou nesta quarta-feira a informação de que o ator colocaria um cateter para receber o medicamento da quimioterapia, o que, segundo o médico oncologista Daniel Tabak, membro da Academia Nacional de Medicina, facilita a aplicação dos medicamentos.

"O ator Reynaldo Gianecchini Júnior, internado no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, teve seus exames concluídos que diagnosticaram o linfoma de células T. Hoje o paciente será submetido ao procedimento de colocação de um cateter venoso central, pelo Prof. Raul Cutait, e iniciará o tratamento quimioterápico amanhã. O paciente continuará internado e segue sendo acompanhado pelas equipes coordenadas pelos profs. Drs. Yana Novis, Raul Cutait e David Uip.", diz o comunicado enviado pelo hospital.

Como funciona o cateter
Segundo Tabak, a colocação do cateter é uma rotina simples nesses casos, e tem a função de criar uma via permanente de acesso para a medicação. “O cateter é um pequeno reservatório colocado sob a pele, normalmente na região abaixo da clavícula. Essa colocação é feita com anestesia local e leva menos de uma hora”, explicou o especialista que foi o responsável pelo tratamento da novelista Glória Perez, que também teve um linfoma não-Hodgkin.

Quimioterapia
Já sobre a primeira sessão de quimioterapia, a que o ator será submetido nesta quinta-feira, 18, o médico explicou que essa ação leva, em média, duas horas.

“Em geral, uma sessão de quimioterapia leva umas duas horas. Mas isso depende do tipo de drogas que são utilizadas e combinadas. Essa medicação só pode ser determinada depois que o subtipo de linfoma não-Hodgkin é especificado. A grande maioria atingem as células do tipo B, mas existe um percentual que ataca os linfócitos do tipo T”, explicou. Segundo o boletim médico, o linfoma de Gianecchini é nas células T.

O médico contou ainda que o mal-estar que normalmente acomete o paciente depois das sessões de quimioterapia já são minimizados com outras drogas.

“Hoje em dia o paciente tende a suportar melhor a quimioterapia. Tanto é que, normalmente, ela é uma atividade ambulatorial. O paciente recebe a medicação e pode retomar suas atividades. Sempre tomando alguns cuidados. Como essas drogas tendem a afetar a imunidade, é importante evitar grandes espaços ou aglomerações e ter um acompanhamento nutricional”, diz ele acrescentando ainda que as sessões são realizadas de três em três semanas.

“Tudo depende do tipo de programa definido pela equipe médica para atacar o câncer e da resposta que vai sendo obtida”, diz.

Daniel Tabak diz ainda que o tratamento contra o linfoma nao-Hodgkin costuma acarretar a queda de cabelo. “A queda ou não de cabelo depende do tipo de quimioterapia que é administrada, mas nos casos de não-Hodgkin, em algum momento, o tratamento vai determinar a queda de cabelo”, disse.
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