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Operação flagra trabalho escravo em oficinas de costura em SP

G1

Operações de fiscalização promovidas pelo Ministério do Trabalho encontraram em São Paulo duas oficinas onde 15 imigrantes trabalhavam em más condições, fazendo jornadas de até 16 horas diárias e recebendo menos de um salário mínimo.

A maioria desses imigrantes é de nacionalidade boliviana e de origens pobres e vem ao Brasil em busca de oportunidades profissionais.

Em uma das oficinas visitadas pelos auditores havia roupas encomendadas pela Zara, marca pertencente à gigante de moda espanhola Inditex.

A empresa foi convocada ao Ministério do Trabalho e advertida. A Inditex disse que não tolera tais práticas, por serem contrárias ao código de conduta da companhia, e que vai fazer todos os esforços para corrigir o problema.

'Este foi um caso isolado por conta de uma terceirização feita por um dos nossos fornecedores, sem nossa autorização', disse a porta-voz da Inditex, Regiane Machado.

A porta-voz acrescentou que o fornecedor foi instruído a pagar retroativamente todos os direitos dos trabalhadores encontrados na oficina e que medidas rigorosas serão adotadas para impedir que a situação se repita.

'Nós auditamos todos os nossos fornecedores, mas essa situação acabou passando', afirmou. 'Mas vamos intensificar nossas auditorias e trabalhar para resolver qualquer problema.'

Segundo comunicado da Inditex, o fornecedor 'assumiu total responsabilidade' pelo caso e aceitou pagar compensações financeiras aos trabalhadores, 'como exige a lei brasileira'.

A Inditex, maior varejista de roupas do mundo, tem cerca de 50 fornecedores no Brasil, que empregam mais de 7 mil trabalhadores.
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