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Atentado fere líder de movimento contra ex-primeiro-ministro da Tailândia

Folha Online

Sonthi Limthongkul, principal líder do movimento contra o ex-primeiro-ministro da Tailândia Thaksin Shinwatra, ficou ferido hoje em um atentado contra o carro em que estava, informaram fontes médicas e policiais.

Limthongkul foi levado a um hospital de Bancoc com um pedaço de metal, aparentemente da carroceria do carro, na parte de trás da cabeça e deve ser operado, segundo diretor do centro médico Chaiwan Charoenchoktavee.

Pelo menos duas pessoas em uma caminhonete dispararam cerca de 100 projéteis contra o veículo de Limthongkul, quando ele se dirigia aos escritórios do diário "Manager", do qual é proprietário.

O motorista do veículo de Limthongkul, Vayupak Mussi, também ficou ferido e seu estado é grave, disse o porta-voz da Aliança do Povo para a Democracia, Parnthep Pualpongsan.

Limthongkul, popular empresário de comunicação, fundador dessa aliança, dirige com outros ativistas a plataforma que em 2008 sitiou durante quatro meses a sede do governo e ocupou os aeroportos de Bangcoc para forçar a queda do Executivo, então formado por aliados de Shinawatra.

O grupo conseguiu seu objetivo e o Partido Democrata assumiu o poder graças ao apoio de vários deputados trânsfugas.

O atentado ocorre três dias depois de os rivais da aliança, os "camisas vermelhas" partidários de Shinawatra, abandonarem quase três semanas de mobilização para exigir o fim do governo Abhisit Vejjajiva.

A Tailândia vive há três anos uma profunda crise política motivada pela disputa entre partidários e opositores de Shinawatra, deposto por um golpe em 2006.

Intervenção do rei

Na quarta-feira, Shinawatra pediu ao rei da Tailândia que intervenha no conflito político que levou à paralisação da capital durante vários dias de manifestações violentas contra o premiê Abhisit Vejjajiva. Apoiadores de Thaksin lideraram os protestos que levaram ao cancelamento de uma cúpula de governantes asiáticos na cidade de Pattaya.

"Acho que é a única pessoa que pode regular isso. Caso contrário, a violência e o confronto serão cada vez maiores, mais e mais", declarou Shinawatra durante entrevista a uma televisão francesa divulgada nesta quarta-feira pela imprensa tailandesa.

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