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Europa e EUA fazem conferência para debater pirataria na Somália

Folha Online

A França oferecerá treinamento às forças de segurança da Somália e os Estados Unidos enviarão seu enviado especial da África em uma conferência internacional sobre a pirataria que será realizada na semana que vem. A reunião, que reunirá EUA e líderes da União Europeia (UE), é sinal evidente de que o terror nos mares do golfo de Áden ganhou proporções preocupantes.

A conferência focará em novas iniciativas para estabilizar a Somália, país que em guerra civil desde 1991, e derrotar a pirataria em sua costa. Mais de 250 pessoas de muitas nacionalidades ainda são mantidas reféns na costa somali por piratas que sequestraram dezenas de embarcações, de petroleiros a iates, nos últimos meses.

A UE afirmou que os doadores devem entregar cerca de US$ 260 milhões para ampliar as forças de segurança na Somália e equipá-las para combater os insurgentes terroristas islâmicos e a pirataria.

A França oferecerá treinamento para um batalhão de 500 somalis na fronteira com Djibuti, afirmou o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores francês, Frederic Desagneaux.

A administração do presidente Barack Obama, que afirmou recentemente que vai ampliar os esforços contra a pirataria, enviará seu principal diplomata na África, o assistente da Secretaria de Estado para Assuntos da África, Phillip Carter. Um funcionário da agência americana para desenvolvimento internacional também deve participar.

O premiê da Somália, Omar Abdirashid Ali Sharmarke, afirmou que combaterá os piratas se outras nações providenciarem os recursos necessários. Ele afirmou que seu governo está desenhando um plano para ampliar as forças militares, montar escritórios de inteligência na costa e dividir informações com países mais desenvolvidos.

Os novos planos da Somália podem abrir caminho para operações de caça aos piratas até mesmo dentro do país --ações que foram autorizadas pela ONU (Organização das Nações Unidas), mas que não foram efetivadas por falta de interesse.

As nações duvidam, contudo, que os esforços de Sharmarke trarão resultados já que ele tem pouco poder dentro do país --seu governo mantém controle apenas sobre parte da capital Mogadíscio e com a ajuda das forças de paz africanas.

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