Carro-chefe do Grupo André Maggi, a Amaggi Exportação e Importação Ltda, cuja sede fica em Rondonópolis (220 Km de Cuiabá), vai plantar sete mil hectares de soja e milho na Argentina nesta safra, em áreas arrendadas de proprietários da província de Buenos Aires.

“Estamos indo para a Argentina porque a cadeia da soja está cada vez mais globalizada e lá, as áreas arrendadas estão muito próximas ao porto de exportação em distâncias que variam entre 50 e 300 quilômetros”, declarou o senador Blairo Maggi (PR), por telefone ao Olhar Direto.

Segundo apurou a reportagem, a questão logística pesou na decisão do Grupo André Maggi porque pode auferir mais lucro naquele país. Na Argentina, o custo operacional e uma melhor logística são fatores fundamentais para a lucratividade da oleaginosa. Além disso, os solos férteis do país vizinho necessitam de um volume menor de fertilizantes e insumos.

Em contrapartida, os arrendamentos das áreas em solo argentino, salienta Maggi, são demasiadamente caros e isso quase equilibra o valor final da produção por hectare de soja.

A ‘invasão’ da Amaggi na Argentina, de certo modo, se contrapõe à instalação de grupos argentinos no Brasil, sobretudo em Mato Grosso, considerado hoje uma das mais importantes fronteiras agrícolas do mundo. Por aqui já se instalaram grupos como o El Terrar, Los Grobos e MSU.

Fundado há mais de 30 anos, o Grupo André Maggi está presente em todas as regiões do Brasil, além da Argentina e Europa. O Grupo atua na produção agrícola e de sementes de soja, originação, processamento e comercialização de grãos, fertilizantes, energia e transporte fluvial.

Atualizada e corrigida às 23h41 de 22/08