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Notícias / Copa 2014

Anac espera disputa acirrada em leilão de aeroporto

Valor online

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) espera uma disputa “bastante acirrada” no leilão desta segunda-feira do aeroporto de São Gonçalo do Amarante, a partir das 10 horas na BM&FBovespa, e aposta na conclusão das obras até abril de 2014, sete meses antes do limite permitido pelo contrato de concessão. A partir da assinatura do contrato, previsto para 22 de novembro deste ano, o ganhador do leilão terá 36 meses para inaugurar o novo aeroporto, que atenderá Natal, uma das cidades-sede da Copa do Mundo.

O aeroporto é o primeiro que o governo entregará para a administração privada e o leilão, apesar da ausência das grandes construtoras, é visto como um teste para o modelo de concessão que o governo vai adotar. Até o fim do ano, o governo pretende realizar os leilões de concessão de Guarulhos, Viracopos e Brasília.

Engevix, Triunfo e MPE se qualificaram para a disputa. A ausência das grandes empreiteiras na concorrência é minimizada pela Anac. “O fato de terem aparecido mais três aeroportos para concessão, no fim do ano, dividiu as atenções. São projetos de maior envergadura, com outro perfil”, explica o diretor de infraestrutura aeroportuária da Anac, Rubens Vieira.

O lance mínimo é de R$ 51,7 milhões, e ganha o leilão quem oferecer o maior valor de outorga. As três participantes entregaram os envelopes com propostas na última segunda-feira e foram habilitados pela Anac. No entanto, pelas regras do edital, as três poderão abrir uma disputa em viva-voz na sequência da abertura das propostas iniciais. “Estamos esperando uma concorrência bastante acirrada”, diz o diretor.

O investimento exigido do futuro concessionário gira em torno de R$ 650 milhões. Cálculos do setor privado indicam que a taxa de retorno do empreendimento é pouco superior a 6% ao ano. “A operação é viável”, afirma Vieira.

Para o diretor, a tendência de São Gonçalo do Amarante é tornar-se um “hub” (centro de conexões) não só de cargas, mas também de passageiros. Empresas aéreas já relataram à Anac, segundo ele, o desejo de fazer ali um centro de distribuição de voos para o Nordeste. No segmento de cargas, a criação de uma Zona de Processamento de Exportações (ZPE) deverá impulsionar a movimentação do aeroporto.

Cerca de 80% das obras de pistas e pátios de aeronaves, feitas pelo Departamento de Engenharia e Construção (DEC) do Exército, estão concluídas. Além de terminá-las, falta o acesso viário ao novo aeroporto. Quando estiver pronto, o atual aeroporto de Parnamirim será desativado e transferido para operação exclusiva da Aeronáutica.
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