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Campanhas farão alertas nas escolas sobre perigos das pipas‏

Da Assessoria

Um brinquedo inofensivo de crianças e até adultos, mas que se transforma em vilão quando utilizado de forma inadequada, vai começar a mobilizar pelo menos duas vezes no ano, em Mato Grosso, representantes do Corpo de Bombeiros e da concessionária de energia elétrica Rede Cemat, professores, pais e alunos.

Especialistas alertam que, de simples instrumento de lazer, a pipa se torna uma arma quando tem sua linha “batizada” com cerol e pode provocar acidentes fatais, e que independente do volume, o maior número de ocorrências acontece nos meses de férias. Essas incidências nos recessos escolares encontram outro agravante: além de mais vento em junho e julho, nesse período predomina o tempo seco.

A mobilização foi proposta pelo vice-líder do Governo do Estado na Assembleia Legislativa, deputado Wagner Ramos (PR), por meio do Projeto de Lei nº 437/2011, para ser realizada em forma de campanhas educativas. Elas levarão o nome de “Lazer Responsável” e estão previstas para acontecer antes das férias, sempre nas primeiras quinzenas de maio e de novembro de cada ano, envolvendo os alunos dos Ensino Fundamental e Médio da rede estadual.

“A finalidade dessas campanhas é repassar aos nossos alunos orientações sobre o modo correto do uso de pipas com alertas em relação às áreas que têm incidência de riscos de acidentes”, alertou o parlamentar. Os acidentes graves relacionados com o cerol ocorrem geralmente em áreas com trânsito de pedestres, ciclistas e motociclistas, e de aeronaves e paraquedistas. Nos casos fatais, geralmente o pescoço é a parte do corpo atingida pela linha “batizada”.

O perigo do cerol está na mistura de cola, vidro moído e até limalha ou pó de ferro, utilizada para deixar as linhas mais resistentes e cortar as linhas de outras pipas ou recuperar as que se prendem nos cabos elétricos. As linhas com cerol possuem uma enorme capacidade de corte e provocam ferimentos profundos, potencialmente mortais quando atingem a região do pescoço. Nesses casos, quando não matam deixam sequelas terríveis em suas vítimas, geralmente motociclistas e ciclistas.

Para Wagner Ramos, a campanha de conscientização é um mecanismo eficaz para que haja cada vez mais conhecimento dos perigos e que uma simples brincadeira ou ação de lazer pode acidentar, ferir, mutilar e até mesmo levar alguém à morte fazendo com que os responsáveis respondam civil e criminalmente.
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