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Sarkozy põe líderes na alça de mira

AE

 As supostas críticas do presidente da França, Nicolas Sarkozy, a líderes como o americano Barack Obama, o espanhol José Luis Rodríguez Zapatero e a alemã Angela Merkel levantaram uma onda de reprovações na Europa e nos EUA. As declarações foram reveladas por depoimentos anônimos ao jornal Libération. “Obama não tem opinião para alguns assuntos” e “Zapatero é pouco inteligente” teriam sido algumas das críticas de Sarkozy.

O palco do show de egolatria de Sarkozy foi o Palácio do Eliseu, quando o presidente falou a uma plateia de 24 parlamentares sobre a cúpula do G-20, que ocorreu no dia 2, em Londres. No dia seguinte, em reportagem intitulada "Sarkozy se vê como o mestre do mundo", o jornal Libération, de esquerda, publicou detalhes sobre os bastidores do encontro. O presidente teria descrito a atuação de líderes do G-20, sempre em tom de autoelogio.


Ontem, as supostas declarações - desmentidas em nota oficial - repercutiram na Europa e nos EUA. Os jornais The Guardian e Financial Times, de Londres, ironizaram o francês. “É o fim da curta lua de mel franco-americana”, brincou o também britânico The Times. Na Espanha, o jornal El País disse que as declarações chocaram governo e a oposição e deixaram as nações à beira de um incidente diplomático.


Na França, parlamentares que participaram do almoço não confirmaram totalmente a versão do Libération. “Não poderia dizer que o texto tenha sido sensacionalista sobre as referências a Obama e Merkel”, explicou o deputado do Partido Verde (de oposição) François de Ruby. “Mas não é verdade que ele tenha dito que Zapatero não é inteligente."


Segundo Rugy, Sarkozy não elogiou apenas si mesmo, mas também o premiê britânico, Gordon Brown, e os presidentes italiano, Silvio Berlusconi, e o brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva. “Estávamos de acordo em tudo e Lula foi muito bem no G-20”, disse Sarkozy, segundo Rugy .
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