Para ampliar a oferta interna de fertilizantes, o governo pretende elaborar até o final de junho um plano que vai estabelecer, entre outros pontos, prazos para exploração e pesquisa de minas. Se os prazos não forem cumpridos, as autorizações concedidas pelo governo às empresas que atuam no setor serão cassadas e repassadas para outros interessados.
 
Ao defender a autossuficiência, o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, admitiu que só será possível ampliar a oferta interna de fertilizantes no longo prazo, em até dez anos, mas reafirmou a importância de colocar em prática a partir de agora uma política que tenha como meta reduzir o ritmo de importação.

Ao apresentar um diagnóstico do mercado de fertilizantes, Stephanes também citou a necessidade de acelerar as discussões para concessão de licenças ambientais. Ele contou que há uma jazida de fosfato no município de Iperó (SP) que não está sendo explorada porque o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e de Recursos Naturais (Ibama) não concedeu a licença ambiental. "Eles argumentam que há uma floresta sobre a jazida, mas não há", disse Stephanes, que sugeriu que, nesses casos, a exploração esteja vinculada à definição de um programa de reflorestamento