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Indignado, Dirceu diz que apoia governo Dilma

Valor Online

O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu reagiu com indignação à matéria publicada pela revista “Veja” no fim de semana e afirmou que apoia incondicionalmente o governo da presidente Dilma Rousseff.

Em conversa há pouco com o Valor, Dirceu disse que é “de morrer de rir” a insinuação de que conspirava com ministros, senadores e deputados para aproveitar-se politicamente da queda do ex-ministro Antonio Palocci, que pediu demissão no começo de junho após suspeitas em torno da evolução do seu patrimônio.

“Até as pedras sabem que eu sou governista. Pode ter alguém que apoie tanto quanto eu (o governo Dilma), mas é difícil”, afirmou. Referindo-se à matéria como “a piada do ano”, Dirceu minimizou o fato de ter se encontrado com autoridades em um andar reservado de um hotel, em Brasília.

“Isso é natural, eu tenho todo o direito de fazer política. Que eu encontro com parlamentares, com políticos, com governadores, isso é sabido. Eu viajo pelo Brasil, sou recebido, faço debates, faço palestras”, afirmou Dirceu.

O ex-ministro disse não ver nada de estranho em ter recebido ele mesmo a visita das autoridades, e não o contrário. “Por que eu não vou ao Congresso? Porque eu fui cassado. Eu só vou ao Congresso no dia em que ele me dar anistia. É o mínimo de dignidade que eu tenho que ter, já que fui vítima de uma violência jurídica. Depois que o Supremo me absolver, que eu espero que ocorra o mais rápido possível, vou pedir anistia ao Congresso”.

Dirceu contestou os métodos usados por “Veja” para obter as imagens usadas na reportagem e disse que houve tentativa de invasão do seu quarto no hotel. Ele comparou o episódio ao escândalo dos grampos feitos pelo jornal sensacionalista britânico News of the World, do magnata Rupert Murdoch.

“A matéria em si não diz nada. O grave é a violação da lei. O hotel já pediu uma investigação para a Polícia Civil e para a Polícia Federal. Isso é o equivalente ao que acontecia na Grã-Bretanha, nas empresas do Murdoch”.
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