Imprimir

Notícias / Esportes

Brasil sofre e abre a jornada rumo a Londres com vitória suada na estreia

SporTV

Para quem está há 15 anos longe dos Jogos Olímpicos, o caminho de volta não pode ser livre de drama. A seleção brasileira abriu a Copa América de Mar del Plata nesta terça-feira, contra a Venezuela, e a tão aguardada tranquilidade na estreia evaporou assim que a bola subiu. Com uma atuação bem abaixo do que vinha apresentando nos amistosos, a equipe de Rubén Magnano sofreu durante os quatro períodos e só conseguiu passar à frente nos minutos finais. O que era para ser um início suave virou uma vitória heroica, por 92 a 83.

O venezuelano Vásquez, que joga no Memphis Grizzlies, da NBA, foi o cestinha da partida, com 26 pontos. Do lado brasileiro, Tiago Splitter, com 17, foi o maior pontuador. Marcelinho Huertas e Guilherme Giovannoni marcaram 16.

O Brasil volta à quadra nesta quarta-feira, às 20h30m, para enfrentar o Canadá. Quatro das cinco seleções de cada chave avançam à segunda fase, também disputada em grupos. A chave brasileira tem ainda tem República Dominicana e Cuba.

O público no ginásio Ilhas Malvinas ainda era tímido, algumas horas antes da estreia da Argentina, contra o Paraguai. Mas quem foi ao ginásio deixou claro que não queria ver uma vitória verde-amarela. Os brasileiros jogaram pressionados pela torcida, apesar da trilha sonora favorável, com funk carioca e axé baiano nos alto-falantes da arena.

Giovannoni abriu o placar com um tiro de três, e o Brasil foi controlando as ações no início do jogo. Não demorou muito, no entanto, para a Venezuela tornar as coisas mais difíceis do que deveriam ser. Vásquez colocou sua seleção nas costas e anotou 16 pontos no primeiro quarto – nenhum outro jogador do elenco passou de dois nos dez minutos iniciais. Alex e Splitter ainda comandavam o Brasil, mas os venezuelanos fecharam o período à frente com uma cesta no último segundo: 26 a 25.

Os venezuelanos continuaram animados no segundo quarto, e o Brasil tinha dificuldade para se impor. Rafael Luz fez duas bolas de três seguidas, mas o adversário respondia cada tentativa de abrir vantagem no placar. Ao contrário, foi a Venezuela que abriu. Mesmo com Vasquez bem mais discreto, ao fim do primeiro tempo o que parecia improvável aparecia no placar: derrota verde-amarela por 44 a 39.

A situação ficou mais preocupante ainda no terceiro período, quando a Venezuela chegou a abrir sete pontos de vantagem. Os brasileiros não se encontravam na defesa e sofriam para pontuar no ataque. Quase na virada para os últimos dez minutos, Giovannoni recebeu falta numa tentativa de bandeja e, nos lances livres, já com o relógio zerado, cortou a diferença no placar para 69 a 66.

Foi pelas mãos de Guilherme Giovannoni, a sete minutos do fim, que o Brasil enfim conseguiu se ver à frente no marcador. O ala-pivô acertou um chute da lateral e forçou um pedido de tempo do técnico Eric Musselman, que se agachava para orientar os jogadores e pulava feito saci, com o pé esquerdo imobilizado. A 1m50s do fim, Guilherme perdeu um arremesso quando o Brasil vencia por 85 a 82. Por sorte, os venezuelanos erraram a tentativa da linha dos três pontos. A partir dali, a duras penas, os brasileiros conseguiram controlar o ritmo e garantiram a vitória suada na estreia.
Imprimir