Vistoria no barracão de fertilizantes. O fiscal da Secretaria da Agricultura está atrás de fraudes. A fiscalização ocorre em todas as empresas que vendem insumos para a safra de verão.

Em uma revenda, 500 toneladas de adubo ainda estão no estoque, apesar de tudo já estar comercializado. Mas antes que os insumos sigam para as lavouras, o fiscal retira amostras que serão analisadas em laboratório em Curitiba.

O aperto da fiscalização começou porque as irregularidades se tornaram comuns no estado. O agricultor compra um produto diferente do que está no rótulo, casos em que a indústria acrescenta menos nutrientes do que anuncia.

O índice é alto: de acordo com a Secretaria de Agricultura, quase 30% dos fertilizantes vendidos no Paraná estão irregulares.

A vistoria funciona assim: a saca de adubo é revirada para misturar bem o produto. O fiscal retira uma pequena quantidade de várias embalagens. O produto recolhido é separado em quatro partes: uma vai para análise, outra confirma o resultado e a terceira serve como contraprova. O último pacote é enviado para o fabricante. Todas as caixas são lacradas e assinadas pelo fiscal e pelo representante da revenda.

A consequência de usar fertilizantes com menos nutrientes ao semear milho ou soja é sentida pelos agricultores na hora da colheita. A fiscalização nas indústrias é de responsabilidade do Ministério da Agricultura.