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Pedido de cassação do mandato de Jaqueline Roriz (PMN-DF) é arquivado

Bom Dia Brasil

A votação era secreta. Quando saiu o resultado, o Brasil foi informado: a Câmara recusou o pedido de cassação do mandato da deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF). Ela era suspeita de envolvimento no mensalão do Democratas de Brasília, mas a deputada também responde a outro processo no Supremo Tribunal Federal (STF).

Na Câmara, para que Jaqueline Roriz perdesse o mandato, seriam necessários 257 votos. Em votação secreta, a conta ficou assim: dos 451 deputados presentes, 265 votaram contra a cassação, 166 a favor e 20 se abstiveram. Jaqueline Roriz era acusada de quebra de decoro parlamentar.

A deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF) ainda responde a um inquérito na Justiça por uso do cargo público para conseguir vantagem pessoal, mas na política foi absolvida pelos colegas.

Jaqueline Roriz não negou que recebeu dinheiro irregularmente, mas argumentou que não podia ser punida por algo que aconteceu antes de assumir o mandato.

“Em 2006 eu era cidadã comum. Portanto, não era deputada, não era funcionária pública e não tinha parentes no primeiro escalão do governo. Portanto, não estava submetida ao código de ética do Parlamento”, alegou a deputada Jaqueline Roriz.

A acusação de quebra de decoro foi baseada num vídeo em que Jaqueline Roriz aparece recebendo dinheiro de Durval Barbosa, o delator do esquema do mensalão do Democratas de Brasília. Para o relator do processo na Câmara, deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), a data não poderia ser usada para inocentar a deputada.

“Se viéssemos a saber nos dias de hoje que um parlamentar no ano de 2002 praticou pedofilia, matou ou estuprou? O que a Casa ia dizer à sociedade brasileira? ‘Ele pode conviver conosco, afinal o fato se deu em 2002?’”, indagou o deputado Carlos Sampaio.

Durante as discussões, só um deputado defendeu Jaqueline Roriz em plenário. Mas na hora da votação – secreta – a maioria foi a favor da deputada. Ao todo, 265 deputados votaram contra a cassação do mandato.

No Supremo Tribunal Federal, Jaqueline Roriz foi denunciada por peculato, o uso de um cargo público para obter vantagem pessoal.
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