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Lei que obriga o uso de cadeirinhas para crianças nos veículos faz um ano

G1

Na porta da escola é fácil encontrar crianças fora da cadeirinha. Só em uma rua de Maceió foram sete flagrantes feitos pela equipe do Jornal Hoje. As explicações geralmente são as mesmas. "A cadeirinha ficou no carro do outro avô", diz a professora Nícia Regina. "Foi uma emergência, geralmente ele usa a cadeirinha", justifica a dona de casa Quitéria Holanda.

Em alguns casos os pais são até imprudentes. Alguns levam as crianças no banco da frente e sem cinto de segurança. Em outra situação, a equipe encontra a cadeira vazia. "Ela veio no colo, mas paramos para comprar um lanche e ela tirou agora rapidinho", diz Ernandes Rodrigues, gerente de vendas.

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A equipe ficou dois dias percorrendo as ruas de Maceió e, sem dificuldades, fez mais de 20 flagrantes. O desrespeito à lei é tão grande que pelo menos um motorista é multado por dia por deixar de usar a cadeirinha ou não usar o equipamento da forma correta.

Em São Paulo o transporte de crianças fora das normas de segurança resultou em mais de 2500 mil infrações até junho deste ano, segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego. O número de autuações é ainda maior no Rio Grande do Sul, onde quase quatro mil motoristas foram multados desde que a lei das cadeirinhas foi sancionada.

"Se continuar nessa proporção quando chegarmos ao final de 2011 esse número vai ser maior que nos anos anteriores", afirma Maria Amélia Quintela, chefe de serviços da eEducação de Trânsito.

Quem deixa de usar a cadeirinha ou o acento de elevação no transporte das crianças comete uma infração gravíssima. O motorista perde sete pontos na carteira de habilitação, paga uma multa de pouco mais de R$ 191 e tem o veículo apreendido.

Apesar dos maus exemplos, há também os bons. Para onde vai, Ricardo, de cinco anos, já sabe que tem que levar o acento. "Outra pessoa vem buscar e já traz a cadeirinha, coloca no carro e segue. Tem que garantir a segurança das crianças", afirma Carmen Lúcia, mãe do garoto.
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