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Notícias / Economia

Grito dos excluídos protesta contra Belo Monte e obras da Copa

G1

Além do tradicional desfile de 7 de Setembro e da Marcha Nacional contra a Corrupção, Brasília assistiu hoje à 17ª edição do Grito dos Excluídos. Cerca de 3 mil pessoas participaram da manifestação, que foram às ruas da capital federal por justiça social e garantia de direitos.

Os manifestantes se concentraram às 10h em frente à Catedral Metropolitana. Com o lema 'Pela Vida Grita a Terra. Por Direitos, Todos Nós', os protestos tiveram como alvo os escândalos de corrupção, os megaprojetos na Amazônia, as mudanças no Código Florestal e até as obras para a Copa do Mundo de futebol de 2014.

O coordenador da Pastoral Operária Metropolitana de São Paulo, Paulo César Pedrini, destacou a importância do evento este ano tratar de dois assuntos intimamente relacionados: a questão ambiental e a social. 'Para a ambiental, porque temos grandes obras sendo tocadas e indicando que com elas haverá um sério comprometimento do meio ambiente, como no caso da transposição do rio São Francisco e da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, que expulsam populações ribeirinhas, indígenas. E a social, os problemas de sempre: trabalho, moradia, saúde e educação.'

O Grito do Excluídos surgiu em 1995, ligado à Campanha da Fraternidade daquele ano. Criado pelo Setor Pastoral Social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a mobilização ganhou a adesão de outras entidades e movimentos sociais ao longo dos anos.

Em São Paulo, uma missa na Catedral da Sé, na região central da capital paulista, marcou o início do Grito dos Excluídos na cidade. Depois do ato religioso, cerca de 300 pessoas seguiram em passeata em direção ao Monumento da Independência, no Ipiranga.
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