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São Paulo e a maldição do intervalo: time sofreu 81% dos gols no 2º tempo

Globo Esporte

O São Paulo vive ótimo momento, briga pela ponta do Campeonato Brasileiro, mas uma situação liga o alerta. É a sina do segundo tempo. Basta os jogadores subirem do vestiário e os times trocarem de lado no gramado que a defesa tricolor parece sofrer uma transformação. Pelo menos é o que tem acontecido no momento dos gols contra a equipe. Embora a história tenha sido diferente na vitória por 2 a 1 sobre o Atlético-MG, na última quarta-feira, a estatística ainda impressiona: dos 27 sofridos até então, 22 foram na etapa final - ou seja, 81% do total.

- Se você pegar todos os gols do campeonato, verá que muitos são marcados nos últimos 15 minutos do primeiro tempo e a maioria nos últimos 15 minutos de jogo. No nosso caso, acho que se trata de simples coincidência. Estamos bem preparados fisicamente, e nem acho que atuamos de maneira tão exposta assim para ter essa diferença grande de gols. O curioso é que estamos pecando com erros e desatenção no início dos jogos e, mesmo assim, temos tomado poucos gols - analisou o técnico Adilson Batista.

Mas a situação não parece envolver tanto a questão física. No segundo tempo, foram dez gols com origem em jogadas de bola aérea. Um deles, aliás, saiu de uma cabeçada de Casemiro, contra o patrimônio, após cobrança de falta do Grêmio na vitória por 3 a 1. No total, o time sofreu 12 deste tipo, sendo dois deles no primeiro tempo com Réver, contra o Galo, e Fransérgio, no empate com o Atlético-PR. O restante saiu com bola rolando, com exceção do pênalti cobrado por Herrera.

Alguns casos foram marcantes para a torcida. Contra o Corinthians, na sexta rodada, os cinco gols sofridos na goleada por 5 a 0 foram no segundo tempo (veja os gols no vídeo acima). Contra o Coritiba, por sua vez, o time vencia por 4 a 0 e, restando cerca de 25 minutos para o fim, um apagão e três gols do Coxa deixaram a torcida em alerta. Para alívio dela, vitória por 4 a 3 no Couto Pereira. Contra Grêmio, Cruzeiro e Avaí, os gols sofridos na etapa final também não impediram o triunfo, assim como aconteceu no último domingo, contra o Figueirense.

Diante de América-MG e Santos, no entanto, o time deixou a vitória escapar nos minutos finais. Contra os mineiros o gol saiu aos 42. No clássico, na Vila Belmiro, Ganso fez aos 35. Já contra Flamengo e Vasco as bolas na rede decretaram as derrotas por 1 a 0 e 2 a 0, respectivamente. E a maioria dos gols sai na última parte. Foram nove antes dos 20 minutos do segundo tempo e 13 depois.

- Nossa! Nem sabia desse fato. Realmente é algo diferente. Acho que tomamos mais gols no segundo tempo porque nosso time vai em busca do resultado e acaba ficando mais exposto por brigar pelo resultado. Mas, sem dúvida, vale mais atenção - disse o zagueiro Rhodolfo.

O curioso é que os cinco gols sofridos no primeiro tempo foram no Morumbi, nas derrotas para Botafogo e Fluminense, empates com Atlético-GO e Atlético-PR, além do triunfo diante do Atlético-MG.
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