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Notícias / Economia

Pai paga previdência para garantir educação do filho

G1

A preocupação com a educação do filho Arthur, de dois anos e meio, fez com que o supervisor de vendas de um autoshopping de Curitiba, Willian Josué Brandt, adquirisse um plano de previdência privada. Brandt tem 31 anos e Arthur é seu primeiro filho. "Antes mesmo de o Arthur nascer eu já pensava em fazer", contou o supervisor de vendas. Segundo ele, é um presente, uma poupança.

Brandt planeja utilizar o dinheiro do plano para custear a educação superior do filho. Mas, se ele fizer uma universidade pública, o plano VGBL pode ser utilizado como um “prêmio” para Arthur.

“Se ele quiser um carro, por exemplo, eu vou avaliar”, afirma. "Mas vou impor algumas regras: o dinheiro tem que ser direcionado para uma coisa certa. Eu posso também guardar e dar de entrada em um apartamento para quando ele se formar", avalia.

Mercado
A decisão de Willian é considerada positiva pelos profissionais da área de investimentos. “É um primeiro empurrão para a vida adulta", avalia Sandro Bonfim, gerente de inteligência de mercado da Brasilprevi. De olho neste público formado por pais e mães que buscam os planos de previdência privada para os filhos, há opções de contribuições a partir de R$ 25.

Pesquisas da própria Brasilprevi mostraram que pais e mães de classe média estão poupando mais hoje para garantir a educação dos filhos. Segundo o levantamento, as preocupações incluem desde um eventual intercâmbio estudantil a outros aspectos relacionados ao futuro dos filhos.

"Ele abdicam da própria poupança para viabilizar um estudo de melhor qualidade para o filho", disse Bonfim. Na Brasilprevi, 20% dos planos foram feitos para pessoas de até 20 anos – ou seja, são financiados, geralmente, pelos pais.

De acordo com o executivo, há espaço para esse mercado crescer entre a classe C, que ainda está mais focada no consumo do que em investimentos.

“Eles procuram crédito para comprar um carro ou alguns eletrodomésticos e não pensam em reservar parte da renda para investir”, afirma. Por outro lado, ele ressalta que essa fatia da população tem uma preocupação forte com os filhos. "E não vai demorar muito para esta classe balancear consumo com investimento".

Para aqueles que pretendem aderir a um plano de previdência privada para o filho é preciso ter em mente que quanto antes, melhor. Bonfim compara o investimento com uma escada. "Quando se poupa cedo, menos íngreme é a escada, muito tarde é como escalar uma parede", diz.
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