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Notícias / Educação

Aulas na UFMT retornam apenas dia 19 no interior do Estado

De Rondonópolis - Débora Siqueira

Em assembléia geral no final da tarde de segunda-feira (12), os docentes da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) do campus de Rondonópolis decidiram voltar para sala de aula apenas no dia 19 de setembro, embora não tenham conseguido avançar nas negociações. Mesmo com retorno das atividades, eles devem permanecer em estado de greve. Foram 44 votos pelo retorno das aulas, 10 contrários e quatro abstenções.

Também foi decidida a criação de três comissões: administração, acadêmica e trabalhista para acompanhar as ações da reitoria, avaliar propostas e buscar soluções para a pauta de reivindicações.

“O movimento sai desta greve sem nenhum acordo, nem por parte do Governo e muito menos da reitoria da UFMT. Todas as reivindicações foram ignoradas, criticadas ou recebida com desinteresse. Mais uma vez, o movimento dos docentes é enfraquecido e assistimos ao descaso não apenas de nossas reivindicações locais, mas um desinteresse com a educação pública, com a universidade e o ensino superior”, comentou um dos manifestantes em assembléia, que não quis se identificar por temer retaliações.

Os professores pleiteavam um aumento salarial de 14%, além de melhoras estruturais na instituição. No entanto, a proposta apresentada pelo Governo Federal e aceita pelos professores inclui um aumento de apenas 4% ao salário, a partir de março de 2012, e incorpora uma das gratificações, a Gratificação Específica do Magistério Superior (Gemas), ao subsidio .

Na semana passada, a reitora Maria Lúcia Cavalli Neder esteve com uma comitiva no campus de Rondonópolis. Na quinta-feira (08) ela conversou com o pessoal da ICEN para ouvir sobre a reestruturação do Instituto. Um dos principais pontos discutidos a extinção dos departamentos e formação de colegiados para trabalhar junto com as coordenações.

Maria Lúcia sugeriu o investimento imediato em cursos de pós-graduação (mestrado e doutorado), tendo em vista um número substancioso de doutores deste instituto.

Mas o maior interesse da comunidade acadêmica de Rondonópolis quer é se desvincular da UFMT e seja criada a Universidade Federal de Rondonópolis (UFR).
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