Imprimir

Notícias / Cidades

Temendo surto do dengue 4, MT já monitora sorotipos circulantes

Da Redação - Laura Petraglia

Com intuito de monitorar os sorotipos do dengue circulantes no Estado, uma vez que o tipo 4 (Den-4) reapareceu em alguns estados do Brasil depois de 28 anos sem ser detectado, a Secretaria de Estado de Saúde (SES), anunciou na tarde desta terça-feira (13) que dará início uma pesquisa de isolamento viral de dengue em Mato Grosso.

Mesmo que ainda não haja a circulação deste tipo de vírus aqui, a situação preocupa pelo fato do Estado fazer fronteira com outros onde já existe incidência de casos. No país o virus 4 já circula nos Estados de Minas Gerais, São Paulo, Amazonas, Rondônia, Roraima.

Segundo informações do secretário de Estado de Saúde, Pedro Henry, essa verificação será feita em seis municípios, de forma qualitativa, e com critérios de escolha por número populacional e por se tratar de área de fronteira. São eles Cuiabá, Várzea Grande, Cáceres, Rondonópolis, Sinop e Barra do Garças.

As pessoas dos municípios escolhidos e que estiverem doentes por dengue vão ser realizados exames laboratoriais (coleta sangue), para saber qual sorotipo da dengue que contraiu, o Den1, Den2, Den3 e se tem a introdução do Den4. Até a presente data Mato Grosso não tem registro da presença do Sorotipo 4 da dengue.

Os exames laboratoriais serão encaminhados para o MT Laboratório e posteriormente aos laboratórios nacionais de referência para Mato Grosso como: Instituto Evandro Chagas(IEC_PA), Lacem de Goiás, Lacem de Brasília.

O Superintendente de Vigilância em Saúde da SES,Oberdan Lira explica que "todas as vezes em que há "troca" do vírus predominante, ou um novo vírus, há risco de epidemias porque parte da população não está imune a ele. Além disso, casos graves podem aumentar porque estão relacionados a sucessivas infecções por diferentes vírus da doença.

Os sintomas do vírus da dengue tipo 4 são os mesmo das outras formas da doença, como dor de cabeça, no corpo, nas articulações, diarréia, vômito e febre, mas com a população Matogrossense 100% vulnerável, o perigo aumenta. Oberdan afirma que o Den-4 não é mais potente que os outros três. O problema, segundo eles, é a falta de imunização à doença.

“A hemorragia por dengue não depende apenas da virulência do sorotipo, mas também da reação do organismo. Quem já teve dengue corre mais riscos. Provavelmente milhares de pessoas tiveram contato com os sorotipos 1, 2 ou 3 sem sintomas importantes ou nem sabe que adoeceram. Se por ventura essas mesmas pessoas forem infectadas pelo 4, a chance de a doença ser mais grave é grande”, finaliza.

Imprimir