A falta de chuva, que não cai há mais de três meses em Brasília, aumentou o número de crianças internadas nos hospitais do Distrito Federal em busca de atendimento e orientações para tratar problemas respiratórios. A baixa umidade do ar é a principal causa das doenças. Hoje (13) o percentual médio ficou em 20%, embora baixo, foi um dos mais elevados dos últimos dias.

A professora Maria das Dores Sousa levou a filha Heloísa para ser atendida na maior pediatria pública do Plano Piloto, no Distrito Federal, o Hospital Regional da Asa Sul. A mãe contou que os hospitais estão lotados de crianças e bebês com problemas respiratórios devido à seca e à baixa umidade relativa do ar.

“Há duas semanas minha filha tem apresentado falta de ar. Por isso resolvi vir até o hospital e para minha surpresa, descobri que ela estava com pneumonia. Fiquei preocupada, mas vi que há muitas crianças na mesma situação”, disse Maria das Dores.

A cabeleireira Léa Damacena, mãe de três filhos, levou o caçula Lucas Gabriel de 1 mês para consultar com o pediatra. Segundo ela, o filho tinha dificuldades respiratórias. “Com esse calor o Lucas Gabriel fica muito agitado e chorando a noite toda”, disse a mãe mostrando o bebê. “Eu notei que ele estava respirando com dificuldades e aí achei melhor vir ao médico para evitar que a situação ficasse mais grave”.

Situação semelhante viveu Joelma Santos, que está no nono mês de gestação. A futura mãe reclamou do “calor forte” e do incômodo causado pela baixa umidade do ar. “Estou passando por um momento difícil, depois que Brasília entrou nessa seca eu sinto ainda mais incômodo e até mesmo muita dor. Estou sempre com falta de ar, por isso vim ao hospital, não quero que meu bebê sofra”.