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No Brasil, Ke$ha quer trocar 'chuva' de camisinhas por dentes de fãs

G1

Não é só o nome artístico de Kesha Sabert que faz um monte de gente ficar com cara de "quê?". Ke$ha, 24 anos de puro glitter, traz para o Rock in Rio e para São Paulo esquisitices acumuladas em (apenas) dois anos de carreira.

A popstar americana de hits como "Tik tok" vem pela primeira vez ao Brasil e promete "chuva" de camisinhas, solos de guitarra e muito suor ao som de dance pop.

Em troca, ela só pede o seu molar ou talvez um canino. "Meus fãs jogam dentes no palco e faço colares com eles, mas são tantos dentes que quero agora fazer um vestido", conta por telefone ao G1. Leia a entrevista completa:

G1 - Você toca guitarra durante o show. É importante mostrar que toca instrumentos?
Tento mostrar de todas as formas meu talento. Meu show é o meu mundo, sabe? Quando toco guitarra, eu me sinto uma durona. É como se tivesse um pau. Eu queria que meu show me representasse 100%. Estou satisfeita. Criei iluminação, coreografia, roupas. Escrevi músicas, toco instrumentos.

G1 - Como é sua relação com Alice Cooper, após ter gravado com ele ['What baby wants', que está em novo disco do cantor]?
Ke$ha - Eu o chamo de pai. Ele é como se fosse o meu pai adotivo. Eu o conheci pessoalmente quando estava começando a ficar famosa. Ele sempre foi uma influência para minha música e para meus shows. Eu amo esse cara desde pequena. Ele viu tudo e passou por tudo que você possa imaginar na vida dele.

G1 - Mas sua música tem algo a ver com rock 'old school'?
Ke$ha - Acho que sim. Temos uma mentalidade parecida, queremos que tudo se f... É isso o que tenho em comum com o rock das décadas de 70 e 80. Eu fico louca no palco.

Eu tenho bastante influência dos Beastie Boys, daquele rap chapado. Também amo o Bob Dylan, por ele ser um ótimo contador de histórias. Tento ter um pouco disso nas minhas letras."
Ke$ha, cantora

G1 - Quantas camisinhas você vai distribuir no Rock in Rio?
Ke$ha - Não sei. Mas acho que vou ter que levar minhas armas mais poderosas [para lançar preservativos para a plateia]. Eu sei que todos estarão suados, com calor, e se sentindo sexy. Quero que meus fãs usem proteção. Sexo é muito, muito importante. É algo mágico. Mas quando eu estou escrevendo uma canção é melhor do que fazer sexo com outra pessoa, porque sou apenas eu comigo mesma.

G1 - Qual sua opinião sobre artistas que usam playback em shows? Você usa?
Ke$ha - Se eu finjo que estou cantando? Claro que não. Nunca! Eu tenho algumas bases pré-gravadas ao fundo, claro, mas não finjo nada. Mas cada um faz o que quiser. Minha escolha foi não usar playback. Não estou aqui para julgar ninguém.
Quando eu estou escrevendo uma canção é melhor do que fazer sexo com outra pessoa, porque sou apenas eu comigo mesma"
Ke$ha, cantora

G1 - 'Till the world ends' foi composta por você para Britney Spears. Como é escrever para outros? Bate arrependimento se a música faz sucesso?
Ke$ha - Eu já escrevi pelo menos 200 músicas. Seria triste ter uma música sensacional, ser egoísta e não deixar ninguém gravar... Eu sempre quis ter um hit cantado pela Britney. Ela é um ícone.

G1 - Além de rock, você é fã de hip hop. Dr. Luke [produtor da Ke$ha] disse ter se interessado após ouvir você rimar como uma rapper...
Ke$ha - Eu cresci ouvindo muitos gêneros diferentes. Eu tenho bastante influência dos Beastie Boys, daquele rap chapado. Também amo o Bob Dylan, por ele ser um ótimo contador de histórias. Tento ter um pouco disso nas minhas letras.

G1 - Quantos dentes de fãs você tem na sua coleção? Conseguiu fazer um colar?
Ke$ha - Já tenho mais de 600. Meus fãs jogam dentes no palco e também me mandam pelo correio. Faço colares com eles, mas são tantos dentes que quero agora fazer um vestido.

G1 - O que espera e o que conhece do Brasil?
Ke$ha - Já fiz viagens para outros lugares da América do Sul, mas nunca fui ao Brasil. Vi o Rio de Janeiro em tantas fotos... Eu sei que as mulheres estão entre as mais bonitas do mundo inteiro e adoro comida brasileira. Quero mergulhar e também acampar na selva. Minha família adora "aguardente". Sempre tomo.

G1 - Qual a última vez que você acordou de manhã se sentindo como P. Diddy?
Ke$ha - Eu acordo de manhã me sentindo como P. Diddy todos os dias. [Risos] É isso que eu faço para viver, né?
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