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Notícias / Brasil

Professora que salvou 17 alunos em Rio Verde (GO) fala da tragédia

G1

Após a tragédia que aconteceu na sexta-feira (16) com um ônibus do transporte escolar na zona rural de Rio Verde, no sudoeste do estado, a professora Telma Fátima conversou com a produção da TV Anhanguera e contou como foi o momento de angústia. O ônibus, que tocou em um fio de alta-tensão, pegou fogo. O motorista e uma aluna de 6 anos morreram eletrocutados.

Telma é professora substituta e viajava pela primeira vez no ônibus. No veículo estavam 18 alunos. Ela salvou 17 deles. “Eu falei: ‘Eu vou jogar e vocês pulam para longe’. Aí eu jogava e eles pulavam longe. Eu fui jogando um por um. Aí ficamos eu e meu filho por último. Ele falou: ‘Mamãe, eu não vou se a senhora não for, se não a senhora vai morrer’. Aí eu falei que não ia morrer porque eu ia sair também.”

O filho dela, Antônio Rodrigues Oliveira, de 8 anos, também relatou como foi o momento. “Deu medo de pegar fogo e a gente morrer.”
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Segundo o Corpo de Bombeiros, o acidente foi um caso raro. “Foi um fator de sorte. A maioria das ocorrências que envolvem situações de estresse, em que o ser humano fica submetido (ao estresse), ele não consegue se lembrar de coisas simples. Então, abrir uma porta às vezes é difícil”, ressalta o tenente dos bombeiros Wiliam Alves Diniz.

Os ônibus que fazem o transporte escolar em Rio Verde têm o piso emborrachado e grandes saídas de emergência, que foram decisivas para a segurança dos alunos. “Quando você aciona as alavancas de emergência, não cai só a parte de cima, cai o vidro inteiro, então as crianças sobem em cima do banco e pulam para fora”, destaca o diretor da Cooperativa do Transporte Escolar e Passageiros do Sudoeste (Cootralar), Belchior Venceslau.

Segundo o diretor operacional da Cootralar, Manoel Fernando Augusto três erros influenciaram no desfecho da história. “A madeira que sustentava o fio de alta-tensão, pelo qual passavam 34,5 mil volts, estava podre. O vão entre este poste que estava podre com o poste que estava do outro lado da estrada é muito grande. E, após a colisão, o sistema de alta tensão tinha que ter desarmado.”


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