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Notícias / Economia

Empresas e entidades mato-grossenses mostram sua preocupação com o meio ambiente

Da Assessoria

Segundo o levantamento feito pelo Sebrae com empresários de pequeno porte, a maioria deles desconhece o conceito de sustentabilidade. Do total de entrevistados, 58% afirmam não ter conhecimento sobre. Entre 61% e 80% já realizam algum tipo de ação sustentável. Dos empresários de grande porte, 72% consideram importantes ações de responsabilidade ambiental. E apenas 17% acreditam que esse grau de preocupação deve ser médio, 6% acredita que deve ser baixo e 5% não souberam responder.

Para 47% dos que participaram da sondagem, a preocupação ambiental representa oportunidades de ganhos. Além de gerar lucros, 69% dos empresários entrevistados acreditam que adotar tais medidas contribui positivamente com a imagem da empresa, mostrando aos clientes que esta se preocupa com a preservação do meio ambiente, contra 17% que não acreditam nisso e 14% que não responderam.

Em Mato Grosso a gama de empresas e entidades que visam a questão ambiental atrelada à questão social é bastante ampla. A preocupação não é apenas em preservar o meio ambiente, mas conscientizar a população e transformar a preservação em uma fonte de renda para as comunidades onde os projetos são desenvolvidos. Exemplos – A empresária Marcia Beatriz Zanchet, da Farmácia Biológica, enxergou na necessidade de substituir as tradicionais sacolinhas plásticas por embalagem oxi-biodegradável, uma oportunidade de minimizar os danos ao meio ambiente. “Diante do desafio e adequação a tendência de sustentabilidade, a Biológica realizou uma pesquisa com clientes durante um mês, onde estes eram questionados se queriam que seu medicamento fosse colocado em uma embalagem plástica ou de papel. 60% preferia a sacola plástica, 15% sacola de papel e 25% preferiram não usar embalagem. Assim, nossa opção foi por continuar com as sacolas plásticas, mas adotar o modelo oxi-biodegradável. Esta adesão ocorreu há mais de 2 anos”.

Márcia ressalta que apesar da satisfação como empreendedora que atua com respeito à natureza, ela arca com altos custos deste item especifico e o fato de pequenas empresas comprarem em quantidade mínima torna este valor mais alto ainda. “Acreditamos que essa tendência não terá volta, e a Lei vem para forçar a mudança na cultura de sustentabilidade”.

O vice-presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Cuiabá (CDL), Célio Fernandes, completa ainda que um trabalho de informação e divulgação na mídia dos órgãos pertinentes na questão e do poder público em geral é importante. “A conscientização e até propostas de idéias de novos tipos de embalagens dentro dos requisitos legalizados via TV, Internet, rádio e jornais e revistas, é uma forma até mesmo de conquistar adeptos para fazer a passagem para as adequações necessárias antes do tempo estipulado”, acredita o dirigente lojista. Ele aponta a Lei nº 5.394/11, que determina a substituição das sacolas plásticas por embalagens oxi-biodegradával, como um passo de suma importância para o setor de comércio, no sentido de contribuir com as questões ambientais, diminuindo o impacto que causam à natureza as embalagens de plástico.

Sócioambiental - Agecopa em parceria com o Instituto Ação Verde, uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip), lançou em junho o projeto Copa Verde, que prevê o plantio de 1,4 milhão de árvores nativas de 62 espécies até 2014 nos leitos dos rios Cuiabá, São Lourenço e Paraguai. As primeiras 500 mudas já foram plantadas em Santo Antônio de Leverger (35 km da Capital). “A Agecopa dará as mudas e a assistência técnica gratuita aos ribeirinhos. Quando as árvores estiverem plantadas, compraremos os créditos de carbono. Com esse projeto queremos a realização da primeira Copa Verde no mundo, aliando sustentabilidade à inclusão social”, destaca o presidente da Agecopa, Eder Moraes.

O superintendente do Instituto Ação Verde, Paulo Borges, explica que a construção da Arena Pantanal emitirá 711 mil toneladas de carbono. “Hoje já é possível calcular qual é a emissão de uma obra ou até mesmo de um indivíduo. Em média, as árvores plantadas seqüestram individualmente 138 quilos de carbono durante o período de 30 anos. Plantaremos mil hectares, cada um deles retira da atmosfera cerca de 12 toneladas de carbono ao ano”.

Durante os três anos de obras para a Copa serão destinados R$ 3,5 milhões para o Copa Verde, R$ 710 mil serão pagos aos moradores das localidades pela venda do crédito de carbono, explica Moraes. Educação, desenvolvimento e responsabilidade - A empresa Refrigerantes Marajá desenvolve seis projetos sócio-ambientais: Saudável por Natureza, Container para Coleta Seletiva de Lixo; Centro de Inclusão Digital – Indústria do Conhecimento; Sala de Aula; Projeto Atleta do Futuro. E tem entre os parceiros o SESI, o Governo do Estado de Mato Grosso - SETECS, Banco do Brasil, a ONG Nossa Terra Nossa Gente e OI Telefonia.

Tais projetos têm objetivos diversos, que envolvem: estimular práticas de reciclagem e novas posturas frente ao meio ambiente; oferecer a comunidade cursos de informática básica e acesso gratuito a internet, conhecimento e informação, preparando e encaminhando-os ao mercado de trabalho; disponibilizar sala de aula para o desenvolvimento do projeto PROJOVEM, a fim de qualificar e preparar os alunos para o mercado de trabalho, nos diversos segmentos; a iniciação de práticas esportivas para crianças e adolescentes de 07 a 15 anos; entre outras ações. Segundo Ulana Maria Bruehmueller Borges, gerente geral da Marajá, a empresa entende que sua maior fornecedora é a natureza e por isso se compromete com a “a conservação e preservação, adotando práticas que proporcionem a sustentabilidade”. Além disso, ela conta “comprometemo-nos ainda, com as sociedades locais em que atuamos e no compromisso de lutar pela conservação do pantanal mato-grossense e seu entorno”. (Assessoria de Imprensa CDL Cuiabá: Thalita Marques/Honéia Vaz).
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