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Voto secreto apenas em guerra declarada, diz Pedro Taques
De Brasília - Marcos Coutinho
Ao assinar hoje o requerimento para criação da Frente Parlamentar de Defesa do Voto Aberto, uma iniciativa do PSOL, instalada há pouco no Congresso Nacional, o senador Pedro Taques (PDT) ressaltou que o "voto secreto só pode ser aceitável em caso de guerra declarada".
"O voto público é necessário e cada parlamentar deve ser responsável por seus atos. Afirmar que a votação fechada serve para aliar pressões não é um justificativa plausível. Aliás, que não aguenta pressão não pode ficar aqui (no Congresso Nacional)", assevera o parlamentar pedetista.
Para Taques, o voto fechado demonstra "covardia". Por isso, defende mudança nas regras atuais. Neste aspecto, além de assinar a Frente do Voto Aberto, Taques quer agilidade na votação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 50/06, que estabelece a extinção do voto secreto.
A PEC sofre um embargo de gaveta há quase um ano e meio. A absolvição da deputada Jacqueline Roriz (PMN), flagrada recebendo dinheiro durante a campanha eleitoral e acusada de corrupção, trouxe a questão do voto aberto à tona.
Na avaliação do congressista mato-grossense, este é o momento ideal para o Congresso Nacional reavaliar os critérios da votação secreta e aprovar o voto em aberto.