Os apartamentos pequenos, em torno de 50 metros quadrados, são o destaque do 18º Salão do Imóvel, que acontece no pavilhão de Carapina, na Serra. De acordo com o diretor da Associação de Empresas do Mercado Imobiliário do Espírito Santo (Ademi-ES) Gilmar Custódio, existe uma demanda de mercado para estes imóveis e as construtoras aproveitaram a oportunidade para atender estes consumidores.

A administradora Kátia Telles comprou uma apartamento que coube no bolso dela e do marido Evandro. O imóvel, na Serra, tem dois quartos, sala, cozinha, área de serviço e banheiro. Tudo isso cabe em um espaço de 50 metros quadrados. "O apartamento é pequeno para quem estava acostumado com uma casa. Estamos aprendendo a aproveitar todos os espaços", disse Kátia.

Ela ainda diz que guarda caixas de sapato embaixo da cama. O guarda-roupa fica no quarto da bebê e os brinquedos da filha ficam embaixo do berço. As vassouras ficam no vão entre a geladeira e a cozinha. No canto do quarto ficam os tapetes, roupas de cama e mala. Além disso, a benzeria da bebê não cabe no banheiro e fica no quarto.

Os apartamentos como o da Kátia já representam quase metade do mercado imobiliário do Espírito Santo. São imóveis de 42 a 60 metros quadrados, que custam no máximo R$ 130 mil e fazem parte do programa 'Minha Casa, Minha Vida', do governo federal.

No Salão do Imóvel, a procura por apartamentos pequeno é grande. O casal Rafael e Liza Massucatti se casaram há um mês e estão ansiosos para se mudar para o apartamento novo, que está quase pronto. Eles compraram o imóvel sabendo que o apartamento é pequeno e que vão ter que aproveitar todos os espaços. "Quem casa, quer casa. E a gente está começando a vida numa casa própria, não importa o tamanho", comenta a técnica de programação.