Imprimir

Notícias / Ciência & Saúde

Sono fica mais leve com o passar do tempo, explica professor da Unifesp

G1

O Bem Estar desta segunda-feira (26) recebeu centenas de perguntas sobre sono e, para respondê-las, o professor de medicina e biologia do sono Marco Túlio de Mello, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), conversou com o G1 logo apó o programa.

De acordo com ele, à medida que as pessoas envelhecem, diminuem o tempo total do sono e passam mais tempo nas fases superficiais, o que facilita o despertar com ruídos leves. Usar um protetor auricular nesse caso pode ser uma saída.

Atividade física ajuda a diminuir a insônia, disse Marco Túlio. E o ideal é praticá-la pela manhã ou à tarde, para que ela não interfira no sono. Já dormir pouco pode favorecer um ganho de peso, pois o sono melhora o sistema imunológico, a saúde, e restabelece a pessoa para o dia seguinte.

O sono durante o dia não é igual ao da noite, segundo o entrevistado, mas pode ajudar a recuperar as energias. Marco Túlio também reforçou a necessidade de ficar longe da luminosidade e manter um ritual antes de deitar.

Na sequência, o professor da Unifesp deu dicas para trabalhadores noturnos ou por turnos. Tomar remédio para dormir não é a melhor forma de ter uma boa noite de sono. E isso, quando for feito, deve ter orientação médica.

Além de irritabilidade, perda de memória e alterações no sistema imunológico, a falta de sono pode provocar dor de cabeça. Ansiedade e tensão podem piorar ainda mais o problema. O especialista ressaltou que estudantes em período de pré-vestibular precisam relaxar, pois é o sono que consolida a memória do que foi aprendido.

Na fase de crescimento, o hormônio do crescimento atua durante a noite, por isso que é importante dormir bem. Depois dessa fase, ele age sobre outras áreas, com funções de recuperação muscular, por exemplo.

Marco Túlio, por fim, falou sobre o excesso de sono de grávidas e adolescentes, o que é motivado por hormônios e pelo ritmo biológico. Depois, comentou sobre olheiras e descanso nos finais de semana. O deficit de sono dos adultos, em geral, chega a 50 minutos por dia, o que dá mais de 5 horas ao longo da semana.
Imprimir