Notícias / Política BR
Calmon cometeu 'pecadilho' e 'não merece excomunhão', diz ministro
G1
O ministro do Supremo Tribunal Federal Marco Aurélio Mello disse nesta quarta-feira (28) que a ministra Eliana Calmon, corregedora-nacional de Justiça, cometeu um "pecadilho", mas "não merece a excomunhão".
Na terça, uma declaração de Eliana Calmon de que a Justiça sobre com "bandidos atrás da toga" abriu uma crise no Judiciário.
"A nossa corregedora cometeu um pecadilho, mas também não merece a excomunhão maior. Ela tem uma bagagem de bons serviços prestados à sociedade brasileira. É uma juíza de carreira, respeitada. Uma crítica exacerbada ao que ela versou a rigor fragiliza o próprio Judiciário e o próprio Conselho", disse Marco Aurélio, durante intervalo de sessão nesta quarta que deve julgar a limitação da atuação do CNJ em relação a punição de magistrados.
Marco Aurélio disse crer, porém, não ser o momento de julgar o caso. Segundo ele há uma "celeuma" após declarações sobre o "cerceio da atuação do CNJ.
"O momento não é adequado para este julgamento, vamos deixar até que os fatos estejam mais esclarecidos."
A decisão sobre se o julgamento será adiado é do presidente do Supremo, Cezar Peluso.
"Estou preparado já há duas semanas para proceder o relato do caso e proferir voto. Mas o pregão é do presidente e penso que não vai apregoar nem hoje nem hoje e nem amanhã."