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Notícias / Cidades

Em assembléia médicos decidem manter paralisação

De Rondonópolis -Débora Siqueira

Em assembléia realizada nesta semana, os médicos da Santa Casa de Misericórdia de Rondonópolis decidiram manter a paralisação dos trabalhos até que os dois salários atrasados referentes aos meses de julho e agosto sejam quitados pela administração do hospital. Apenas os serviços de urgência e emergência como UTIs adulto, neonatal, coronariana e serviços de obstetrícia como partos serão atendidos normalmente.

Conforme o diretor clínico da unidade hospitalar, José Soares, ontem a Santa Casa recebeu comunicado da Secretaria Estadual de Saúde (SES) que nesta sexta-feira (30) seriam repassados a Prefeitura de Rondonópolis o recurso referente aos serviços prestados no mês de julho, em seguida a prefeitura faria a transferência para a Santa Casa, quitando os pagamentos na próxima semana.

No dia 7 de outubro, o Estado faria um novo repasse referente ao mês de agosto, quitando a dívida atrasada. “Vamos aguardar essas duas semanas se o que foi prometido será cumprido”.
Caso o acordo seja desonrado, os médicos devem fazer uma nova assembléia e radicalizar deixando de atender até mesmo os casos de urgência e emergência, transferindo pacientes para outras unidades de saúde.

Nesta sexta-feira (30) o Estado tem por obrigação fazer a transferência de recursos a Santa Casa de Misericórdia referente aos serviços aos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) em setembro. “Nós nem estamos questionando esse pagamento, porque ainda não venceu. Nós queremos é receber os salários atrasados”, disse o diretor clínico.

Além dos salários, o atraso do repasse da SES atinge outros setores. A dívida de R$ 1,3 milhão dificulta manutenção dos serviços, compra de medicamentos e materiais hospitalares e custeio de recursos humanos.

“Acumulamos uma dívida com prestadores de serviços, plantonistas médicos e fornecedores. Dívida essa que coloca em risco o atendimento prestado”, informou a direção da unidade, em nota à imprensa.

Milhares de pessoas são prejudicadas com a medida extrema, já que pouco mais de 70% do atendimento da Santa Casa são de pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).

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