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Polícia procura arma de professor que matou aluna em Brasília

Bom Dia Brasil

É uma daquelas histórias pavorosas e que deixou todo mundo perplexo no fim de semana: o professor de Direito que matou uma aluna e ex-namorada, matou e confessou. A polícia de Brasília agora está procurando a arma usada pelo professor.

A estudante Suênia de Souza Farias foi enterrada no domingo (2), e o professor, autor confesso da morte da estudante, vai responder pelo crime de homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil sem chance de defesa para a vítima. Se condenado, ele pode pegar uma pena de até 30 anos de prisão.

A polícia ainda não encontrou a arma do crime. No enterro da estudante, estava a dor de parentes e amigos. Suênia de Souza Farias, de 24 anos, foi assassinada pelo advogado e professor de Direito Rendrik Vieira Rodrigues. O advogado não se conformava com o fim do relacionamento amoroso de três meses com a ex-aluna, que pretendia voltar para o ex-marido.

Na última sexta-feira (30), ao deixar a faculdade, Suênia foi abordada pelo professor, que pediu para conversar. Ele assumiu a direção do carro dela, rodou pela cidade com a estudante e acabou assassinando a jovem com três tiros de pistola. Depois, Rendrik Rodrigues levou o corpo para uma delegacia e se entregou. Segundo a polícia, ele confessou o crime e disse estar arrependido.

Silene Farias, irmã de Suênia, disse que o advogado era muito ciumento e perseguia a estudante. Mas ela não registrou queixa por temer uma reação violenta dele. “Ela estava em pânico. Ela chegou a bloquear vários números de telefone e ele conseguia”, contou.

O crime chocou colegas da estudante. “Ele era um excelente professor, bom professor, gentil e simpático. Não imaginávamos, realmente foi uma máxima surpresa”, disse a colega de Suênia, Gioconda Jacoud.

Suênia seria a primeira pessoa da família a ter curso superior. “Eu, como um agricultor, um homem do campo, analfabeto, o maior prazer que eu tinha na minha vida era ver minha filha formada em Direito”, lamentou Sinval de Farias, pai de Suênia.

Rendrik Vieira Rodrigues está preso e vai responder pelo crime de homicídio duplamente qualificado. A pena varia de 12 a 30 anos de prisão. As duas universidades onde ele leciona disseram que o professor será demitido.

A Ordem dos Advogados do Brasil informou que será aberto um processo ético-disciplinar e que Rendrik Rodrigues poderá ser impedido de exercer a profissão. “O que foi feito é da maias alta gravidade. Por ser réu confesso e pelo alcance social que o ato dele teve, não tenho dúvidas de que será aplicada a pena mais grave de exclusão dos quadros da ordem”, afirmou Francisco Caputo, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil no Distrito Federal (OAB-DF).

Ainda no depoimento à polícia, o professor contou que comprou a arma, usada no crime, de um desconhecido e que pagou R$ 500 por ela.
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