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Volume de crédito concedido por bancos públicos aumenta desde o agravamento da crise

ABr

As concessões de crédito estão mais concentradas nos bancos públicos, o que requer maior participação das instituições privadas, principalmente, as pequenas e médias. A avaliação é do chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Altamir Lopes. As instituições menores sentiram de forma mais forte os efeitos da crise, com redução dos recursos disponíveis para emprestar.

“Ainda tem uma concentração bastante expressiva em bancos públicos. E, para que se volte à normalidade, evidentemente essa atuação tem que ser mais disseminada. É preciso também que os bancos privados, principalmente os pequenos e médios voltem à normalidade, à situação pré-crise”, disse.

Segundo Lopes, o estoque de crédito ofertado pelos bancos públicos durante os seis meses encerrados em março deste ano foi 18,3% superior ao existente em setembro de 2008, quando a crise se agravou. No caso das instituições privadas nacionais o aumento foi de 1,5% e das estrangeiras foi de 3,5%.

De acordo com Lopes, a medida adotada pelo BC para estimular a oferta de crédito para pequenos e médios bancos ainda não se reflete nos dados divulgados hoje, porque começou a vigorar em 1º de abril. A medida oferece garantia complementar a depósitos a prazo, emitidos por banco. Desde o início do mês, foram captados R$ 3,2 bilhões de depósitos a prazo com garantia complementar.

Nos dados preliminares deste mês, o crescimento do volume de crédito, até o dia 8, na comparação com os dados do mesmo período do ano passado, foi de 1,4% no total, com alta de 0,9% para pessoas físicas e de 1,7% para as empresas. As taxas de juros ficaram praticamente estáveis: houve redução de 0,1 para pessoas físicas e aumento de 0,1% para as empresas.
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