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Grávida baleada por sogra se dispõe a fazer exame de DNA

G1

A mulher grávida que afirma ter sido baleada pela sogra em São José dos Campos, no Vale do Paraíba, no interior de São Paulo, afirma que o filho que espera é, sim, do marido. Ela se ofereceu para fazer o exame de DNA. Para a polícia, a sogra e o marido de Francineri Alves, de 28 anos, são os mentores do crime, que teria sido motivado, segundo a vítima, porque a sogra tinha desconfiança da paternidade do bebê.

Nesta terça-feira (4), a polícia concluiu o inquérito sobre o caso. “Já não tem nenhuma dúvida de que eles [marido e sogra] foram os autores. Foi um crime passional”, disse o delegado Mauro de Almeida, titular do 5º Distrito Policial de São José dos Campos.

Segundo o delegado, o principal depoimento colhido foi o da própria vítima do crime, prestado na sexta-feira (30), quando ela ainda estava internada. Francineri afirmou que foi baleada seis vezes pela sogra quando estava dentro do seu carro, sendo que um dos tiros quase atingiu o bebê que está esperando.

Ainda de acordo com o delegado, a sogra e o marido de Francineri negaram o crime, mas a investigação constatou que existem muitas contradições nos depoimentos deles. “Tem muita contradição no depoimento com relação ao local em que eles se encontravam durante o fato”, disse o delegado.

O inquérito, concluído na manhã desta terça será encaminhado para a Vara do Júri de São José dos Campos, onde o caso deve ser julgado. As equipes de reportagem do G1 e da TV Vanguarda tentaram localizar o advogado de defesa de mãe e filho presos, mas ninguém foi encontrado até a manhã desta quarta-feira (5) para comentar o assunto.

Perseguição
Francineri ficou internada por quatro dias em um hospital do Vale do Paraíba. Após a alta, ela contou como conseguiu sobreviver e fugir após a tentativa de morte. "A mãe dele [do marido] já veio com uma arma na minha frente. Ela disparou tudo o que ela tinha de munição e ele bem atrás dela, olhando. Eu fingi que estava morta, caí no banco do passageiro e tentei fugir quando eu vi que eles já tinham ido embora", disse.

Depois de sobreviver aos disparos, Francineri conseguiu ligar o carro e dirigir. O marido e a sogra a seguiram. Tentando escapar, a mulher entrou na contramão da Via Dutra e bateu o carro em um caminhão. Segundo ela, o socorro foi muito rápido. A sogra e o marido foram presos.
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