Os operários do novo estádio do Grêmio provocaram um incêndio no alojamento da obra no último domingo (2) em virtude da morte de um trabalhador, vítima de um atropelamento. O incidente causou a paralisação da obra.

Os protestos dos trabalhadores começaram logo após um operário de 40 anos ser atingido por um veículo na estrada próxima ao canteiro de obras. Colegas da vítima, então, atearam fogo em um galpão que abriga 500 operários da construção.

A principal reclamação dos manifestantes é a necessidade de atravessar a pé a estrada que separa o alojamento do local das obras. Além disso, os trabalhadores reivindicam melhores condições de higiene e mais conforto nos dormitórios.

Na última segunda-feira, os 1.300 operários foram transferidos para hotéis. Em nota, a OAS, construtora responsável pela obra, lamentou o ocorrido e afirmou que dará apoio à família da vítima. De acordo com empresa, a situação está "sob controle" e as obras devem ser retomadas hoje.

No final de fevereiro, os operários já haviam paralisado a obra do estádio pedindo melhores salários e condições de trabalho.

Com a indefinição nas obras do Beira-Rio, paradas há mais de três meses, o Grêmio sonha em transformar seu novo estádio no palco da Copa na capital gaúcha.

A arena gremista também corre por fora para fazer parte da Copa das Confederações, evento-teste que ocorre um ano antes do Mundial.