O primeiro secretário da embaixada de Guiné Bissau, Jorge Luiz Mendes, encarregado de assuntos políticos e da cooperação, afirmou na tarde desta quinta-feira (6) que está satisfeito com os encaminhamentos dado pelo governo brasileiro quanto à morte do estudante Toni Bernardo da Silva, 27 anos, espancado na noite do dia 22 de setembro na pizzaria Rola Papo, em Cuiabá.

“O Estado está fazendo o que cabe a ele. Estamos satisfeitos com as notícias e vamos dar os devidos encaminhamentos”, declarou o secretário da Embaixada, durante encontro com o deputado estadual Emanuel Pinheiro, presidente da Comissão de Direitos Humanos.

Segundo Jorge, ele e a esposa do estudante, Babilé Augusto Mhaga, vieram a Mato Grosso para dar encaminhamento aos procedimentos para o traslado do corpo de Toni de volta a Guiné-Bissau e obter informações mais detalhadas sobre como o estudante foi morto.

O secretário ressaltou ainda que teve acesso a cópia do inquérito policial sobre o assassinato do guineense e irá encaminhá-la para polícia científica da Guiné-Bissau, que deve trabalhar em acordo com a brasileira.

A esposa de Toni acompanhou todas as visitas feitas pelos representantes da embaixada. Ela já estava no Brasil, estudando em Fortaleza. Com o estudante Babilé teve dois filhos, dos quais um já morreu.

Toni foi assassinado, quando supostamente teria abordado um casal no restaurante para pedir R$10. Ele teria ainda tentado agarrar uma mulher que estava acompanhada do namorado, e em seguida, em represália, segundo testemunhas, foi agredido pelos policiais militares Higor Mendes Montenegro, 24 e Wesley Fagundes Pereira e por Sérgio Marcelo Silva da Costa, 27, filho de um delegado aposentado. Os três foram indiciados por homicídio qualificado e estão presos.