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Turistas elogiam o Brasil, mas se queixam de preços altos e estradas

Bom Dia Brasil

Quem tem de continuar trabalhando é o setor hoteleiro. Foi divulgado na segunda-feira (10): os turistas têm elogios para o Brasil, mas muitas críticas também. A queixa deles são as mesmas: além das estradas e dos aeroportos, os turistas reclamaram muito também dos preços. Agora, pelo menos o problema dos aeroportos, o Ministério do Turismo diz que vai resolver até 2014, ano da Copa.

O turista argentino Francisco Zanon já esteve no Brasil várias vezes e pretende voltar. “Para nós, argentinos, somente brigamos com brasileiros pelo futebol. O resto é como estar em casa”, disse.

Em 2010, os argentinos foram os recordistas em visitas ao Brasil. Quase 1,4 milhão estiveram no país. Os americanos vêm em segundo lugar. Seja para descansar ou para trabalhar, os turistas concordam em um aspecto: a hospitalidade e a gastronomia são aprovadas por mais de 90% dos visitantes.

“Eu gosto muito de gente do Brasil. Gosto da simpatia da gente, de tudo, da comida”, destaca o turista Olivier Galetto.

Um estudo divulgado pelo Ministério do Turismo mostra que, no ano passado, pouco mais de 5,1 milhões de turistas estrangeiros estiveram no Brasil. Eles deixaram muitos elogios, mas a lista de reclamações também é grande.

Os preços altos foram 40% das queixas dos visitantes. Um francês resume o que 34% dos turistas estrangeiros pensam das nossas estradas: “São um desastre”. A sinalização turística foi considerada ruim e quase 20% reclamaram dos aeroportos.

São problemas que podem se agravar com a Copa do Mundo e a Olimpíada. Em 2014, o Brasil deverá receber 7,2 milhões de turistas estrangeiros e em 2016, 9,2 milhões. O ministro do Turismo, Gastão Vieira, afirma que até lá os problemas nos aeroportos estarão resolvidos, mas reconhece que melhorar as estradas é mais difícil.

“Estamos distante ainda de um padrão de altíssima qualidade como o turista está acostumado a ver. Mas eu tenho certeza de que elas vão melhorar muito, principalmente entre aquelas capitais que vão servir de sede da Copa”, declarou o ministro do Turismo, Gastão Vieira.

Para Alexandre Sampaio, presidente da comissão de turismo da Confederação Nacional do Comércio (CNC), o caminho para melhorar os pontos fracos deve unir governo e iniciativa privada.

“O governo não pode simplesmente, junto com os governos estaduais, fazer esse processo unilateralmente. Nós devemos trabalhar de maneira conjugada: governo e iniciativa privada para podermos entender onde devem ser prioritários os melhores investimentos”, afirmou Alexandre Sampaio.

Ao todo, 39 mil pessoas foram entrevistadas. Mais de 300 pesquisadores foram a 15 aeroportos e a 12 áreas de fronteiras.
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