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Câmara não costuma digerir prato feito, diz deputado
De Brasília – Bruno Cassiano
"A Câmara não costuma digerir pratos feitos". A afirmação é do presidente da Comissão Especial da Copa, deputado federal Renan Filho (PMDB/AL), que irá analisar a Lei Geral da Copa de 2014. Segundo ele, os parlamentares terão que debater com a sociedade e as entidades responsáveis pela competição para formular uma posição.
“A comissão precisa dar segurança jurídica para que o evento seja relizado. A Fifa faz exigências, mas não pode ser as custas da soberania nacional e nem sobre os diretos sociais dos brasileiros”, destacou o deputado alagoano.
Já o deputado Acelino Popó (PRB/BA) afirma que a Fifa está rigorosa com evento no Brasil nas questões da acessibilidade de idosos e estudantes nos jogos da Copa. Para o ex-lutador, a lei tem que ser mudada em vários aspectos, e um deles é de garantir o direito do acesso ao estádio.
“Quem está realizando a competição é a Fifa, isso não pode ser de responsabilidade do governo federal”, afirmou o deputado baiano.
Popó apresentou ainda dez emendas que relacionadas a projetos efetivos utilizados na Copa do Mundo de 2010, na África do Sul. Ele acredita que é possível mudar o contexto da lei para que a Copa seja do Brasil e não da Fifa.
Na primeira sessão a comissão já recebeu um requerimento dos deputados tucanos Otavio Leite (PSDB/RJ) e para que seja convidados o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, o presidente da Fifa, Josef Blat e o ministro do Esporte, Orlando Silva.
O documento deve ser votado na próxima reunião da comissão marcada para próxima terça-feira (18). A relatoria da comissão ficou com o deputado Vicente Cândido (PT/SP).