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Corpo encontrado em decomposição pode ter ligação com chacina, diz PM

G1

O corpo de um adolescente foi encontrado em estado de decomposição perto do local da chacina do último domingo, em Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador.

De acordo com informações da polícia, o jovem, de 15 anos, pode ter sido a quarta vítima do crime. O corpo foi encontrado no quintal de uma casa que fica perto do local da chacina, em Vila Nova de Portão, em Lauro de Freitas.

Segundo testemunhas, no último domingo (9), mais de vinte homens chegaram procurando o chefe do tráfico de drogas da área. Como não encontraram saíram atirando. Três pessoas que não tinham envolvimento com o tráfico morreram. A polícia investiga se o jovem também foi baleado durante a chacina. De acordo com a polícia, a suspeita é de que ele tenha sido ferido, tentou fugir, mas acabou morrendo no meio do caminho.

De acordo com informações de moradores da rua, os suspeitos usavam coletes, além de terem algemas e armamento pesado.

Uma dona de casa, que prefere não se identificar, diz que a disputa pelo comando do tráfico de drogas é antiga na região e revela que viveu momentos de pânico. “O pessoal na hora do desespero invadiu a casa da moça aqui do lado e eu procurei meu filho, quando eu vi que tinham mais tiros me joguei no chão, quando eu vi tinha uma menina baleada. Eles ficaram gritando ‘Cadê vocês daqui da rua agora? Cadê os homens da rua?”, relata a testemunha.

Três pessoas que passavam pelo local no momento dos disparos morreram. Um homem, que seria usuário de drogas de acordo com a polícia, uma dona de casa e uma estudante, de 14 anos. A mãe da garota, que também foi atingida de raspão na perna, não se conforma com a morte da filha. “Ela veio correndo na minha frente, ela não está morta não, se ela estivesse morta ela caia na minha frente, ela não caiu, ela correu para a casa da vizinha”, desespera-se Odevânia Conceição, mãe da vítima.

Moradores temem represália
Temendo uma possível represália dos criminosos, as famílias não permitiram o acesso da imprensa durante o enterrro das vítimas, que aconteceu na terça-feira (11).

Quatro viaturas e 12 PMs reforçam o policiamento no bairro em que ocorreu o crime, entretanto, o clima de tensão ainda é constante e os moradores não querem falar sobre o assunto.

Segundo o delegado Cláudio Meirelles, responsável pelo caso, as testumunhas ainda não foram ouvidas e o crime é motivado pela disputa da venda de drogas. Ainda de acordo com Meirelles, os suspeitos já foram identificados, mas ninguém foi preso até o momento.
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