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Disputa na Justiça foi 'pior' para grevistas dos Correios, diz ministro
G1
O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, afirmou nesta quinta-feira (13) que a recusa dos funcionários dos Correios em aceitar a proposta feita pelo governo para por fim à greve e levar a disputa à Justiça trabalhista gerou um resultado “pior" para a categoria.
“Agora, a Justiça faz uma determinação que infelizmente para o trabalhador é menos, é muito pior do que havíamos proposto no acordo, mas, já que não houve possibilidade, agora se trata de cumprir a determinação da Justiça”, afirmou Carvalho, após participar da abertura de um fórum sobre o Plano Plurianual.
O Tribunal Superior do Trabalho (TST) decidiu nesta terça-feira (11), durante julgamento do dissídio coletivo dos Correios, que a greve da categoria não é abusiva. Entretanto, o tribunal autorizou a empresa a descontar dos funcionários 7 dos 28 dias não trabalhados. E determinou a volta ao trabalho a partir desta quinta-feira, sob pena de multa.
A decisão representou uma derrota aos trabalhadores, que não aceitavam o desconto dos dias parados. O TST fixou o reajuste salarial da categoria em 6,87%, retroativo a 1º de agosto, além de aumento real de R$ 80 com validade a partir de 1º de outubro. Os índices já faziam parte da proposta negociada entre Correios e sindicato.
“Nós fizemos, tenho consciência disso, todo esforço para fazer um acordo com os Correios”, afirmou Carvalho. “Esperamos que as atividades voltem ao normal e que dentro de poucos dias os serviços prestados pelos Correios estejam normalizados.”
Bancos
Carvalho disse que há uma preocupação por parte do governo com a greve dos bancários. “Estamos preocupados com a greve dos bancários, que ainda está vigente e esperamos que hoje tenha uma solução."
Segundo Carvalho, “é um tipo de greve que o governo participa parcialmente, através dos bancos estatais, mas estamos sabendo que se vislumbra uma solução para a greve”. Os bancários estão em greve desde 27 de setembro.