Mato Grosso colocará, em um ou dois anos, muito mais soja de desmatamento no mercado brasileiro e internacional, afirma o diretor da Campanha Amazônia do Greenpeace, Paulo Adario.

Para ele, Mato Grosso, que predomina a produção de soja no país, retomou a posição de Estado que mais desmata floresta em 2011. Segundo uma análise feita pela organização, esse avanço ocorreu principalmente em áreas agrícolas, com um aumento de 46% das derrubas.

“O número de casos vem crescento em ritmo preocupante, esse aumento em Mato Grosso colocará, em um ou dois anos, muito mais soja de desmatamento no mercado”, afirmou Adario.

De acordo com o diretor do Greenpeace, existe ainda no Brasil um setor do agronegócio capaz de crescer sem derrubar florestas, como na Amazônia. Contudo, no Congresso Nacional e no campo, existem pessoas que preferem um modelo de produção atrasado e predatório.

“Prova disso está nas taxas de desmatamento, que depois de dois anos em queda voltaram a crescer, na esteira das promessas de anistia a quem cometeu o crimes ambientais discutidas no Congresso”, destaca.