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Notícias / Brasil

Família de jovem acidentado em 2001 alega falta de assistência do governo

G1

A família de um adolescente de 16 anos, que se acidentou em maio de 2001, ainda espera receber uma indenização de R$ 150 mil do estado. A vida de Igor Soares mudou completamente depois que o portão de uma escola pública, no bairro Itacibá, em Cariacica, caiu em cima de sua cabeça. A mãe não consegue mais pagar as despesas médicas com a pensão que o filho recebe.

O acidente ocorreu quando o jovem ainda era uma criança, enquanto ele passava na frente do portão de uma escola. A família, que morava no Rio Grande do Sul, estava no Espírito Santo a passeio quando tudo aconteceu. O rapaz ficou com sequelas para a vida inteira e precisa ir com frequência ao neurologista, além de tomar medicamentos de alto custo.

A mãe de Igor, Edna da Silva Soares, explicou que os Estado paga uma pensão de R$ 1.500, mas que o dinheiro não é mais suficiente para pagar as consultas e os remédios. "Está muito difícil. A pensão que eu recebo desde 2003 não dá mais para cobrir as despesas médicas, os medicamentos estão muito caros. Eu só consigo um remédio pela rede pública", disse.

Em janeiro de 2011, um mandato judicial passou a exigir que o Estado pagasse uma indenização por danos morais no valor de R$ 150 mil à família do adolescente. A quantia serviria para ajudar nas despesas de saúde, mas o dinheiro ainda não foi enviado.
"Nunca consigo entrar em um acordo com eles. Eu não posso trabalhar porque tenho que ficar com meu filho, dependo da ajuda de outras pessoas. Só quero que a Justiça seja feita, porque são 10 anos esperando", desabafou a mãe.

Em resposta ao apelo de Edna Soares, a Procuradoria Geral do Estado informou que o recurso ainda não foi julgado e por isso a indenização ainda não foi paga. Ainda foi explicado que as outras obrigações, como o pagamento da pensão e o atendimento médico e psicológico, estão sendo cumpridas pelo Governo.

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