Imprimir

Notícias / Brasil

Dono de restaurante que explodiu no centro do Rio vai depor na próxima segunda-feira

R7

O dono do restaurante Filé Carioca, que explodiu na última quinta-feira (13), no Centro do Rio, desmarcou pela segunda vez o depoimento que prestaria na Delegacia de Mem de Sá (5ª DP) e o remarcou para a próxima segunda-feira (17), de acordo com o delegado assistente Antônio Bonfim. A tragédia deixou três mortos e 17 feridos.

Ele contou ainda que os cilindros de gás que estavam no subsolo do estabelecimento não são trocados, ao contrário, uma empresa é responsável por mandar um caminhão até o local onde os recipientes são apenas reabastecidos. A suspeita é que tenha havido uma falha no momento do reabastecimento.

Segundo o advogado do dono do restaurante e do gerente – que são irmãos – ambos vão se apresentar para esclarecimentos na próxima segunda-feira. Ele contou que Jorge Amaral (gerente) não pode ir nesse sábado (15) porque está debilitado, já que está com costelas quebradas devido ao acidente.

- Meu cliente ainda está um pouco debilitado, mas virá à delegacia na segunda. O gerente, que está com as costelas quebradas, está com dificuldades para se locomover, mas faremos o possível para que ele também venha depor.

Castro confirmou que a manutenção do gás era feita por uma empresa terceirizada. Ele negou que o restaurante possuía pendências junto à prefeitura, já que tinha autorização para funcionamento [alvará provisório], mas garantiu que sempre que a prefeitura pediu melhorias, elas foram cumpridas.



Confira também
Vítimas de explosão em prédio podem ir à Justiça por indenizações

Negligência e legislação ineficaz ajudam a explicar tragédia em restaurante

Delegado diz que vai convocar órgãos de fiscalização sobre explosão...Ele disse ainda que assim que o gerente do restaurante chegou ao local percebeu que a entrada estava aberta, passou por duas portas e seguiu para perto do balcão, ainda com as luzes apagadas. Ele sentiu o cheiro de gás e observou que não havia ninguém no local. Neste instante, ele se abaixou para pegar um banco – para subir e ligar a chave geral - quando houve a explosão. Ele alegou que seu cliente teve poucas escoriações porque caiu atrás do balcão.

- O Jorge [gerente do Filé Carioca] contou que não acionou a chave do interruptor, função que era de sua responsabilidade sempre que chegava ao restaurante. No momento da explosão as luzes estavam apagadas.

Pela manhã deste sábado (15), o delegado afirmou que solicitou imagens do circuito interno do restaurante Filé Carioca, para saber o horário habitual e de que forma os cilindros de gás entravam no prédio.

Ele informou que vai chamar os responsáveis da empresa que fornecia os cilindros para prestar depoimento, já que esse tipo de abastecimento era proibido no local.

Bonfim falou ainda que vai pedir para a CEG, responsável pelo fornecimento de gás na capital fluminense, documentos que mostrem se tem tubulação de gás embaixo do restaurante.
Imprimir