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Notícias / Meio Ambiente

Após acordo, BP receberá US$ 4 bi de empresa por vazamento de óleo

France Presse

O grupo British Petroleum (BP) receberá US$ 4 bilhões da americana Anadarko Petroleum Company como reembolso dos gastos com a explosão da plataforma de petróleo Deepwater Horizon, no Golfo do México, e limpeza do mar e praias atingidas pelo maior vazamento de óleo da história dos Estados Unidos.

O anúncio foi feito pela companhia nesta segunda-feira (17), por meio de comunicado. A BP afirma que chegou a uma solução amistosa em todos os litígios com a Anadarko, proprietária de 25% da jazida que era explorada pela plataforma operada pela empresa britânica.

O dinheiro será utilizado no fundo de US$ 20 bilhões criado pela BP para compensar as vítimas da catástrofe e cobrir os gastos de limpeza. Como parte do acordo, a Anadarko também transferirá para a BP sua participação de 25% na jazida.

Em maio, o grupo britânico chegou a um acordo com a japonesa Mitsui, coproprietária de 10%, que pagaria US$ 1 bilhão. "As partes envolvidas enfrentam suas obrigações e ajudam a financiar a restauração da economia e do meio ambiente no Golfo do México, o que representa um verdadeiro avanço", afirmou Bob Dudley, diretor geral da BP. "Chegou o momento de que as empresas terceirizadas acompanhem, incluindo Transocean e Halliburton", acrescentou.

Culpados
Um relatório do governo americano publicado em setembro apontou a BP, assim como outras terceirizadas como a americana Halliburton - que construiu o poço de cimento - ou a suíça Transocean - proprietário da plataforma - como responsáveis da explosão da Deepwater Horizon.

O acidente provocou a maior 'maré negra' da história dos Estados Unidos e a morte de 11 pessoas. Devido à mancha de petróleo (200 milhões de galões de óleo foram liberados após a explosão), mais de 1.700 km de regiões pantanosas e praias foram contaminadas, matando ao menos 6 mil pássaros, segundo o Conselho americano de Defesa dos Recursos Naturais dos EUA.

Um estudo divulgado em setembro afirma que ainda existem "bolas" de alcatrão submersas no Golfo do México e ameaçam a longo prazo a região costeira do país.
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