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Protegido no desembarque, Adilson vai ao CT da Barra Funda se despedir

Globo Esporte

Demitido logo após a derrota por 3 a 0 para o Atlético-GO, o técnico Adilson Batista retornou com a delegação tricolor para São Paulo. Protegido pelos seguranças, evitou o contato com os jornalistas e entrou rapidamente no ônibus da delegação. No CT da Barra Funda, fez questão de se despedir dos integrantes da comissão técnica que não viajaram para Goiânia e de todos os funcionários com os quais conviveu nos quase três meses de comando.

Após a partida, Adilson foi comunicado da saída ainda no vestiário. A ordem partiu do presidente Juvenal Juvêncio que, via telefone, avisou o que deveria ser feito ao diretor de futebol, Adalberto Baptista. Após ser sacramentada a sua demissão, ele fez questão de conversar com os atletas logo que a delegação chegou ao hotel em Goiânia.

Ele reuniu todos os jogadores em uma sala anexa ao restaurante e fez um pronunciamento. Durante 20 minutos, agradeceu o empenho de todos os atletas, disse que estava saindo frustrado por não ter conseguido dar sequência ao trabalho apesar das ótimas condições e, emocionado, reforçou que torceria pela recuperação da equipe no Campeonato Brasileiro.

- Foi uma conversa muito difícil. Alguns jogadores choraram, o Adilson ficou muito emocionado. Ninguém esperava que isso acontecesse, pegou todo mundo de surpresa - afirmou um integrante do clube, em conversa com a reportagem do GLOBOESPORTE.COM.

Adilson agora vai tirar uns dias para descansar e esfriar a cabeça. Voltará para Curitiba, sua cidade natal, onde reencontrará a esposa e os filhos. O treinador sabe que, após quatro trabalhos fracos em quatro grandes do futebol brasileiro em apenas um ano e dois meses, terá dificuldade para conseguir novo emprego. Por isso, a meta é trabalhar por um tempo no exterior. Japão e Oriente Médio serão os seus principais alvos daqui para a frente. No Brasil, uma alternativa seria o Cruzeiro em 2012.
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