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Notícias / Ciência & Saúde

Júlio quer saber sobre possíveis malefícios causados por celular

De Brasília - Vinícius Tavares

O deputado federal Júlio Campos (DEM/MT) pediu informações sobre a possibilidade de aumento de casos de câncer em razão do uso cada vez maior de aparelhos de telefone celular. Campos participou nesta terça-feira (19/10) de uma audiência pública da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara Federal que discutiu as implicações do uso do celular na saúde dos usuários.

De acordo com a assessoria de imprensa do deputado, o parlamentar questionou os palestrantes sobre quais as alternativas para evitar os malefícios do uso do celular. “Qual o caminho a ser tomado diante da impossibilidade de deixar de utilizar o celular, tendo em vista que essa já é uma necessidade de todo brasileiro, até mesmo das crianças, e não temos a garantia que ele realmente não seja nocivo?”, indagou o Campos.

Os questionamentos receberam respostas distintas. O chefe de serviços de Neurocirurgia do Hospital Federal de Ipanema (RJ), Júlio Thomé de Souza Silva, propôs o uso de fones de ouvido conectados ao celular, além da utilização da função viva voz. Para o neurologista, o crescimento de casos de câncer cerebral se explica pelo aumento do uso de aparelhos celulares, fato que ele disse ser evidenciado no dia-a-dia de sua profissão.

O engenheiro eletrônico Osório Chagas Meirelles, professor da Universidade de São Paulo defende a realização de campanhas de conscientização sobre a prudência no uso de celulares e a redução do uso por parte de crianças e adolescentes até os 16 anos.

Já o gerente-geral de certificação de Engenharia da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Marco Oliveira, afirma não ter comprovação científica da relação da doença com o uso do aparelho não é preciso preocupar-se.

O gerente de Tecnologia em Equipamentos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Marcio Varani, tranqüilizou a população por não haver registros sobre os males que o celular causa, enquanto que o professor do Centro de Estudos e Telecomunicações da PUC do Rio de Janeiro, Gláucio Siqueira, foi enfático em defender que o uso do celular não influencia na saúde humana.
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