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Em greve, aeroportos de SP e DF têm operação normal para passageiros

G1

Os funcionários da Infraero estão em greve por 48 horas em três aeroportos do país em protesto contra os planos do governo federal de privatizar os terminais. A paralisação começou à 0h desta quinta-feira (20). Nas primeiras horas desta manhã, porém, os passageiros embarcavam sem problemas em Guarulhos, Campinas e Brasília.

A Infraero confirmou que o plano de contingência consegue, no começo da operação, evita transtorno para passageiros. Entretanto, o transporte de cargas em Viracopos foi prejudicado. Funcionários de companhias aéreas e outras empresas que trabalham nos terminais não aderiram ao movimento.

Em Guarulhos e em Campinas, o movimento foi tranquilo logo após a abertura e passageiros e funcionários de companhias aéreas não relataram problemas. Também na capital federal, os primeiros voos cumpriram o horário previsto.

Entretanto, representantes do sindicato dos aeroportuários de Viracopos informaram que a paralisação afeta, principalmente, o terminal de cargas do aeroporto. Segundo eles, havia 23 aeronaves paradas. A Infraero confirmou que a greve prejudica o embarque e desembarque de cargas e que o plano de contingência montado pela empresa está conseguindo evitar transtornos para os passageiros.

Protestos
Em Brasília, um carro de som dos sindicalistas foi posicionado na plataforma de desembarque desde a meia-noite. De acordo com o diretor nacional de saúde do Sindicato Nacional dos Aeroportuários, Francisco Barros, 70% dos 30 funcionários do turno das 23h às 7h aderiram à paralisação.

“A partir das 8h, quando o movimento no aeroporto se inicia, será possível sentir a paralisação”, diz Barros. A categoria promete paralisar todas as atividades de responsabilidade dos aeroportuários.

A primeira decolagem do aeroporto Juscelino Kubitschek nesta quinta-feira ocorreu às 5h02, com destino ao Rio de Janeiro. Durante o dia, 119 voos deixam a capital e 110 chegam.

São Paulo
Uma manifestação em frente ao setor de desembarque marcou o início da greve no aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo. De acordo com Francisco Lemos, presidente do Sindicato Nacional dos Aeroportuários (Sina), entre 1.400 e 1.500 dos cerca de 2.000 funcionários das áreas de operações, segurança aeroportuária, terminais de cargas e passageiros e programação de voos de Cumbica aderiram à greve, e serão mantidas apenas 30% da atividades essenciais do aeroporto. Nenhum funcionário da área de navegação aérea deverá parar, garante o presidente do sindicato.

Infraero descarta problemas
O diretor de administração da Infraero, José Eirado, disse, na quarta-feira (20), que a greve dos funcionários da estatal não deveria comprometer a operação dos três aeroportos.

A Infraero tem 2.781 funcionários nos três aeroportos, que realizam tarefas como posicionamento de finger (estrutura que liga o terminal de passageiros aos aviões e é usado para embarque e desembarque), auxílio no posicionamento das aeronaves nos pátios e operação dos sistemas de informação aos passageiros (painéis e sistema de som). A previsão, segundo Eirado, é que 20% deles participem da greve.
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