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Justiça deve decidir nesta segunda sobre transferência de Polegar para presídio federal

R7

A Secretaria de Segurança Pública do Rio aguarda nesta segunda (24) uma resposta do Tribunal Justiça sobre o pedido de transferência do traficante Alexander Mendes da Silva, o Polegar, para uma penitenciária federal. Ele está no presídio de segurança máxima Bangu 1, na zona oeste do Rio, desde a noite de sexta-feira (21).

O objetivo do secretário de Segurança José Mariano Beltrame, é manter Polegar fora do Rio de Janeiro e, ao isolá-lo em uma cela dentro de uma penitenciária federal, onde o traficante será monitorado por câmeras 24h, evitar assim que ele continua sua articulações com o tráfico de drogas.

De acordo com a assessoria da Secretaria de Segurança, o Depen (Departamento Penitenciário Nacional), que coordena os presídio federais, ainda não respondeu à solicitação de Beltrame. No entanto, até agora o destino mais provável de Polegar é a penitenciária federal de Porto Velho, em Rondônia.

Preso quarta-feira (19) no Paraguai, Polegar é apontado como chefe do tráfico de drogas da Mangueira, na zona norte do Rio. Ele chegou sexta-feira (21) do Rio, em um avião da Polícia Federal, sob um forte esquema de segurança, escoltado por dez agentes federais e um delegado.

Na pista do aeroporto do aeroporto Santos Dumont, região central, seis carros da Polícia Federal, com aproximadamente 20 policiais, já aguardavam a aeronave pousar.

Assim que Polegar desembarcou, foi colocado pelos agentes em um dos veículos. Em seguida, foi levado ao Instituto Médico Legal para fazer exame de corpo de delito e depois seguiu para Bangu 1.

No Paraguai, enquanto aguardava a Justiça daquele pais analisar a documentos encaminhada pela Embaixada do Brasil, para só após decidir pela deportação, Polegar ficou preso em uma unidade do Senad (Secretaria Nacional Antidrogas).

Na quinta-feira (20), o traficante foi ouvido pelo fiscal (promotor) de Pedro Juan Caballero, Justiniano Cardozo, que queria saber a origem do documento de identificação falso usado pelo traficante naquele país. O documento estava em nome de José Targino da Silvia Júnior, que já havia respondido por um homicídio no Paraguai.

A Justiça paraguaia também buscou saber a origem do dinheiro usado por ele para comprar dois veículos de luxo - um Kia Cadenza e uma Toyota Hillux, avaliados em mais de R$ 250 mil. Os dois carros foram apreendidos com Polegar no momento em que ele foi preso. O traficante havia acabado de comprar os veículos.

Em junho, o R7 publicou, com exclusividade, que chefes do tráfico de drogas do Rio, expulsos de seus QGs após a expansão das UPPs, haviam fugido para o Paraguai, entre eles Polegar. Desde então, policiais brasileiros que patrulham as fronteiras com o Paraguai e com a Bolívia tentam localizar seus possíveis esconderijos.

O tenente-coronel Antônio Mário da Silva Ibanez Filho, coordenador do Gefron (Grupo Especial de Segurança de Fronteira, composto por policiais militares e civis de Mato Grosso) e responsável pelo patrulhamento na fronteira entre Brasil e Bolívia, confirmou a fuga de traficantes do Rio para os países vizinhos.

Além de Polegar, também estariam vivendo por lá Luciano Martiniano da Silva, o Pezão, do Alemão, e Fabiano Atanázio da Silva, o FB, da Vila Cruzeiro (todas na zona norte).




Felipe O'Neill / Ag. O Dia
Polegar
Polegar chegou ao Rio na sexta-feira em um avião da Polícia Federal e escoltados por dez agentes

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A Secretaria de Segurança Pública do Rio aguarda nesta segunda (24) uma resposta do Tribunal Justiça sobre o pedido de transferência do traficante Alexander Mendes da Silva, o Polegar, para uma penitenciária federal. Ele está no presídio de segurança máxima Bangu 1, na zona oeste do Rio, desde a noite de sexta-feira (21).

O objetivo do secretário de Segurança José Mariano Beltrame, é manter Polegar fora do Rio de Janeiro e, ao isolá-lo em uma cela dentro de uma penitenciária federal, onde o traficante será monitorado por câmeras 24h, evitar assim que ele continua sua articulações com o tráfico de drogas.

De acordo com a assessoria da Secretaria de Segurança, o Depen (Departamento Penitenciário Nacional), que coordena os presídio federais, ainda não respondeu à solicitação de Beltrame. No entanto, até agora o destino mais provável de Polegar é a penitenciária federal de Porto Velho, em Rondônia.

Preso quarta-feira (19) no Paraguai, Polegar é apontado como chefe do tráfico de drogas da Mangueira, na zona norte do Rio. Ele chegou sexta-feira (21) do Rio, em um avião da Polícia Federal, sob um forte esquema de segurança, escoltado por dez agentes federais e um delegado.

Na pista do aeroporto do aeroporto Santos Dumont, região central, seis carros da Polícia Federal, com aproximadamente 20 policiais, já aguardavam a aeronave pousar.

Assim que Polegar desembarcou, foi colocado pelos agentes em um dos veículos. Em seguida, foi levado ao Instituto Médico Legal para fazer exame de corpo de delito e depois seguiu para Bangu 1.

No Paraguai, enquanto aguardava a Justiça daquele pais analisar a documentos encaminhada pela Embaixada do Brasil, para só após decidir pela deportação, Polegar ficou preso em uma unidade do Senad (Secretaria Nacional Antidrogas).

Na quinta-feira (20), o traficante foi ouvido pelo fiscal (promotor) de Pedro Juan Caballero, Justiniano Cardozo, que queria saber a origem do documento de identificação falso usado pelo traficante naquele país. O documento estava em nome de José Targino da Silvia Júnior, que já havia respondido por um homicídio no Paraguai.

A Justiça paraguaia também buscou saber a origem do dinheiro usado por ele para comprar dois veículos de luxo - um Kia Cadenza e uma Toyota Hillux, avaliados em mais de R$ 250 mil. Os dois carros foram apreendidos com Polegar no momento em que ele foi preso. O traficante havia acabado de comprar os veículos.

Em junho, o R7 publicou, com exclusividade, que chefes do tráfico de drogas do Rio, expulsos de seus QGs após a expansão das UPPs, haviam fugido para o Paraguai, entre eles Polegar. Desde então, policiais brasileiros que patrulham as fronteiras com o Paraguai e com a Bolívia tentam localizar seus possíveis esconderijos.

O tenente-coronel Antônio Mário da Silva Ibanez Filho, coordenador do Gefron (Grupo Especial de Segurança de Fronteira, composto por policiais militares e civis de Mato Grosso) e responsável pelo patrulhamento na fronteira entre Brasil e Bolívia, confirmou a fuga de traficantes do Rio para os países vizinhos.

Além de Polegar, também estariam vivendo por lá Luciano Martiniano da Silva, o Pezão, do Alemão, e Fabiano Atanázio da Silva, o FB, da Vila Cruzeiro (todas na zona norte).

Foragido há dois anos

De acordo com o setor de Inteligência da Polícia Militar do Rio, Polegar estava no complexo de favelas do Alemão durante a operação das forças de segurança estadual e federal para retomar a região, em novembro de 2010, mas conseguiu escapar com outros chefões do tráfico.

Condenado a 22 anos por tráfico e associação para o tráfico, Polegar obteve o benefício para o regime aberto após cumprir um sexto da pena. No dia 14 de setembro de 2009 ele deixou, pela porta da frente, a Casa do Albergado Crispim Ventino, em Benfica, na zona norte, onde estava preso, e não voltou mais.

O Disque-Denúncia (2253-1177) oferecia R$ 2.000 de recompensa por informações que levassem à prisão de Polegar. Segundo a Secretaria de Segurança do Rio, Polegar comandou, em 2001, um ataque à Polinter, resultando na fuga de 14 presos.
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