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Notícias / Educação

Juíza debate pedofilia em escola de Cuiabá

Da Assessoria/ TJMT

Uma criança que muda de comportamento na sala de aula, fica retraída, ansiosa ou agressiva, com medo de voltar para casa. Esses são alguns sinais de que algum problema pode estar ocorrendo, inclusive que ela pode estar sendo vítima de pedofilia. A professora Rosemeire Peixoto, 48, com 26 anos de experiência em sala de aula, já desconfiou que um de seus alunos estava sofrendo abusos. Conversou com a criança e com os pais e, com mais informações, passou o caso ao Conselho Tutelar.

Atualmente ela é diretora da Escola Estadual Diva Hugueney de Siqueira Bastos, do bairro Jardim das Aroeiras, em Cuiabá, e sabe que se o educador estiver preparado pode detectar o problema e encaminhar a questão às autoridades competentes. “A escola possui 71 servidores e 1287 alunos nos três turnos. Tempos que estar atentos para ajudarmos”, avalia.

Na noite dessa quinta-feira (27 de outubro) a escola, por meio do projeto escolar Sala do Educador, recebeu a coordenadora do programa Justiça Comunitária do Poder Judiciário de Mato Grosso, juíza Ana Cristina Silva Mendes, que proferiu a palestra Pedofilia: Combata este mal.

Mais de 30 educadores receberam orientação sobre o comportamento de pedófilos, classificação no Código Penal Brasileiro e onde buscar ajuda. “O trabalho da Justiça Comunitária é levar os ensinamentos jurídicos à sociedade. Na medida em que essas informações chegam à comunidade, trabalhamos a justiça preventiva”, comenta a juíza. “Com isso, o Judiciário sai do conforto dos gabinetes e chega à população”, completa.

A articuladora Rita Cássia Soares de Souza, 43, com cinco anos de atuação no magistério, é agente comunitária da Justiça e Cidadania e fez a ponte entre o projeto do Judiciário e a escola. De acordo com ela, muitos professores desconfiam que algum aluno seu pode ser vítima de pedofilia, mas não sabe como agir. “Normalmente o professor percebe quando a criança muda, mas não temos ferramentas para abordar de forma correta. Ficamos com medo de tentar ajudar e acabar retraindo ainda mais esse aluno”, diz Rita, ao explicar porque escolheu o tema para a palestra.

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