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Brasil despreza rótulo de time B, vence Cuba e é bicampeão no vôlei

G1

Um início arrasador deu a impressão de que o título viria com uma surpreendente facilidade. Não foi bem assim. Mesmo sem os apagões dos outros jogos, o vôlei brasileiro teve trabalho diante da forte seleção cubana. Nos passes precisos de Bruninho, nos saques de Wallace de Souza e na vibração de Gustavo, porém, a vitória veio. Por 3 sets a 1, parciais 25/11, 24/26, 25/18 e 25/19, a equipe, formada basicamente por reservas do time principal e com Rubinho no lugar de Bernardinho, conquistou o ouro nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara.

Mesmo sendo time misto, existe a pressão. Temos de vencer sempre. E hoje conseguimos isso aqui - afirmou Bruninho, um dos únicos integrantes da seleção principal em Guadalajara.

O Brasil garante seu quarto título na história da competição, o segundo em sequência. Além dosJogos do Rio, a seleção também foi campeã em 1963, em São Paulo, e em 1983, em Caracas. Uma semana antes, as meninas levaram o ouro em Guadalajara, também em cima das cubanas. O bronze foi para a Argentina, que, antes da final, derrotou o México.

Início arrasador

Nada de apagão, afobação ou algo do gênero. Ao contrário de todos os outros jogos, quando cometia erros por tentar apressar a definição do ponto, a seleção entrou em quadra em sintonia. Saque, bloqueio, defesa e ataque. Tudo funcionava da melhor forma possível. Após duas defesas pelo meio, Chupita subiu à rede para marcar o primeiro ponto da partida.

Quando Wallace de Souza foi para o saque, o Brasil passou a atropelar. Após a primeira parada técnica, Bruninho, de bloqueio, fez 9/3. Cuba parecia não acreditar. Sem confiança, o forte ataque cubano não conseguia superar a defesa brasileira. O primeiro erro brasileiro veio quando o placar já estava 20/9, em saque de Gustavo. Mas foi num serviço na rede de Cuba que a seleção fechou o primeiro set em fáceis 25/11.

m ataque para fora de Wallace de Souza deu início ao segundo set. Cuba voltou melhor. Depois de ótima defesa de Bell, Leon mandou uma pancada no bloqueio brasileiro e abriu 3/1. Os erros brasileiros passaram a ser mais frequentes, e Cuba foi para a primeira parada técnica à frente no placar, com 8/6.

Os cubanos, até com certa facilidade, mantinham a vantagem no placar. Bell, em uma pancada pelo meio, fez 13/10 e saiu vibrando em direção à torcida brasileira, sob vaias. Bruninho, em excelente deixadinha de segunda, deu o troco. O Brasil encostou de vez em ataque pelo meio de Wallace Souza: 14/13. O jogo seguiu equilibrado, mas Cuba voltou a se desgrudar no placar, com bloqueio de Perdomo, que provocou os rivais na rede.

Pouco depois, Leon se esforçou para salvar uma bola, atropelou uma voluntária e ganhou aplausos da torcida. A vantagem cubana ainda era de três pontos, mas foi por água abaixo após ataque para fora de Bell, ace de Thiago Alves e ponto de Wallace Martins pela ponta: 22/22. Foi o próprio Wallace quem virou, explorando o bloqueio cubano.

A partida, então, ganhou em emoção. Cuba voltou a empatar e, após belo rali, Mesa recolocou sua seleção à frente no placar. Em seguida, mais um ataque certeiro e os cubanos chegaram ao empate, com 26/24.
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